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Famílias chinesas ampliam riqueza na pandemia, diz Credit Suisse

25 out 2020, 16:04 - atualizado em 23 out 2020, 17:03
A criação de riqueza global deve se recuperar no próximo ano, conforme a economia se recupera (Imagem: Unsplash/@hannynaibaho)

A pandemia que causou mais de 1 milhão de mortes em todo o mundo também levou a um declínio na riqueza individual, embora a riqueza das famílias tenha se mantido e até aumentado na China e na Índia.

Essa é uma das principais conclusões do relatório de riqueza global do Credit Suisse divulgado nesta quinta-feira. Graças às ações do governo e do banco central para mitigar as consequências da Covid-19, a riqueza global se recuperou de uma queda inicial no primeiro trimestre do ano, adicionando US$ 1 trilhão em junho, após encerrar 2019 em US$ 399,2 trilhões.

“Dados os danos infligidos pela Covid-19 à economia global, parece notável que a riqueza das famílias tenha saído relativamente incólume”, disse o economista Anthony Shorrocks, um dos autores do relatório.

A criação de riqueza global deve se recuperar no próximo ano, conforme a economia se recupera. A principal exceção é a América do Norte, diz o relatório, onde a economia é prejudicada pela “fraqueza contínua devido à alta prevalência de Covid-19” nos EUA. A riqueza por adulto da região deve cair 5% este ano, e permanecerá próximo a esse nível em 2021.

Apenas a China e a Índia registraram ganhos na riqueza das famílias no primeiro semestre do ano, crescendo 4,4% e 1,6%, respectivamente. A América Latina foi a que mais sofreu, com queda de 13%, à medida que as desvalorizações cambiais agravaram as perdas no produto interno bruto.

O número de milionários permaneceu estável depois de disparar para 51,9 milhões no ano passado, enquanto o clube dos indivíduos de patrimônio líquido ultra-alto com mais de US$ 50 milhões em ativos líquidos perdeu apenas 120 membros para 175.570.

Nos Estados Unidos, que tem a maioria das pessoas no grupo de 1% da riqueza e 39% dos milionários do mundo, a lacuna de desigualdade diminuiu, de acordo com o relatório.

As descobertas vêm à medida que o aumento de riqueza, especialmente no mundo da tecnologia dos EUA, têm sido cada vez mais examinado enquanto milhões perderam seus empregos devido ao coronavírus.

Jeff Bezos da Amazon.com – a pessoa mais rica do mundo – acumulou mais de US$ 73 bilhões este ano, elevando sua fortuna para US$ 188 bilhões, de acordo com o Índice de bilionários da Bloomberg. Mark Zuckerberg, do Facebook, ganhou US$ 27 bilhões e acumula mais de US$ 105 bilhões, enquanto a ascensão da Zoom Video Communications aumentou o patrimônio líquido do presidente Eric Yuan em US$ 22 bilhões.

No geral, as 500 pessoas mais ricas do mundo adicionaram US$ 970 bilhões à sua riqueza combinada este ano, mostra o índice da Bloomberg.

As mulheres, jovens e minorias foram mais atingidos pela pandemia, principalmente por causa de sua alta representação em negócios como restaurantes, hotéis e varejo que foram gravemente afetados.

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