Federal Reserve

Fed deve elevar taxa de juros nos EUA em 0,75 pp

27 jul 2022, 9:04 - atualizado em 27 jul 2022, 9:04
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Se confirmada, essa será a quarta alta promovida pelo Fed.  (Imagem: Kevin Dietsch/Pool via Reuters/File Photo)

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) anuncia hoje a decisão de política monetária nos Estados Unidos. A projeção do mercado financeiro é que o Federal Reserve decida por ampliar o ciclo de alta na taxa de juros.

As apostas são de um aumento de 0,75 ponto percentual, mesma magnitude da reunião passada.

“Após o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de junho, aumentou-se a especulação de que o Fed poderia se inclinar para uma alta de 1 pp, mas vários participantes do Fomc sugeriram que um reajuste de 0,75 pp seria a ação prudente”, apontou o Bank of America, em relatório.

Se confirmada, essa será a quarta alta promovida pelo Fed. As duas primeiras foram mais brandas: uma alta de 0,25 pp em março e outra de 0,50 pp em maio. Mas no mês passado, o banco central americano adotou uma postura mais restritiva, ao aprovar um reajuste de 0,75 pp – o maior movimento desde 1994.

Cenário econômico

A inflação continua sendo a maior preocupação do Fed, já que o indicador está bem longe da meta de 2%. Em junho, a inflação nos Estados Unidos subiu para 9,1% no acumulado de 12 meses.

“As recentes quedas nos preços da gasolina ofereceram algum encorajamento de que os 9,1% marcam o pico, mas a inflação deve permanecer teimosamente alta pelos próximos seis meses”, diz James Knightley, economista-chefe internacional do ING, em relatório.

Segundo o economista, há poucos sinais de alívio das pressões de preços em torno dos alimentos e das tarifas aéreas, enquanto os efeitos defasados ​​do mercado imobiliário continuam a inflar os componentes da habitação.

Por outro lado, o mercado de trabalho continua apertado, com uma taxa de desemprego de 3,6% (mais baixo do que na pré-pandemia) e o consumo apresenta sinais de desaceleração, aumentando o risco de uma recessão. O produto interno bruto (PIB) do segundo semestre, a ser publicado amanhã, deverá indicar recessão técnica nos EUA.

Alex Lima, estrategista-chefe da Guide Investimentos, indica que o cenário econômico americano pode começar a piorar a partir de setembro.

“Podemos ver o início de uma desaceleração no mercado de trabalho, indicadores da indústria, aplicações para hipotecas, vendas no varejo, além de um colapso na confiança do consumidor.”

Próximos meses

Além da nova alta de junho, Carlos Vaz, CEO e fundador da Conti Capital, afirma que o Fed deve seguir com a estratégia de reajustes até o final de 2022, promovendo aumentos entre 0,25 pp e 0,75pp.

“Sem dúvida, o Fed hawkish [elevação de juros e contração monetária] restringe o crescimento econômico no curto prazo, enfraquecendo a demanda e apertando as condições financeiras. Essa deve ser a postura até que a inflação nos EUA tenha caído abaixo de 6%, o que não deve acontecer tão cedo”, completa.

Já Paul Ashworth, economista-chefe da América do Norte da Capital Economics, projeta que o Fed diminua o ritmo de aperto com uma alta de 0,50 pp em setembro.

“As autoridades não descartam outra alta de 0,75 pp em setembro, principalmente porque o simpósio Jackson Hole, no final de agosto, permitirá que elas moldem as expectativas do mercado quando mais dados estiverem disponíveis. No entanto, à medida que as taxas convergem para o neutro, esperamos que o Fed diminua o ritmo de aperto adicional”, disse em relatório.

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Editora-chefe
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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