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Fintechs e fundos atraem veteranos de Wall Street para expansão

02 mar 2021, 16:14 - atualizado em 02 mar 2021, 16:14
Bolsa de Nova York, Nyse, Wall Street
Novas empresas de tecnologia e firmas de investimento têm oferecido oportunidades excepcionalmente atraentes para profissionais experientes de Wall Street (Imagem: REUTERS/ Shannon Stapleton)

Olhando de fora, os bancos de Wall Street pareciam ótimos lugares para trabalhar no ano passado em meio aos fortes ganhos durante a crise da pandemia. Para os que estão dentro, agora também há muitos motivos para partir.

Novas empresas de tecnologia e firmas de investimento têm oferecido oportunidades excepcionalmente atraentes para profissionais experientes de Wall Street, com a possibilidade de multiplicar seus salários – um chamariz ainda mais forte após a moderação dos bancos na distribuição de recompensas em 2020.

As saídas agora se aceleram com o fim da temporada de bônus. Dois executivos do Goldman Sachs, incluindo um arquiteto da divisão de consumo, se tornaram os exemplos mais recentes no fim de semana: abriram mão de postos cobiçados por uma alternativa não convencional: a nova empresa de tecnologia financeira do Walmart. Um dia depois, saiu a notícia de que outro importante executivo do Goldman foi contratado pelo Tiger Global Management.

Embora o Walmart certamente não seja Wall Street, recrutadores e veteranos do setor dizem que o fascínio por essa oportunidade é óbvio: a chance de construir algo do zero com recursos suficientes para desafiar players atuais. Isso sem falar nos potenciais ganhos se o novo negócio for bem-sucedido.

“Essas pessoas estão muito motivadas, são superinteligentes e definem metas para si mesmas”, disse Noor Menai, CEO do CTBC Bank USA. Estão dizendo: “’Construí isso, agora preciso construir outra coisa’”.

O mercado de fintechs está em alta no momento. Empresas de capital de risco têm injetado recursos em empresas jovens. Os negócios focados em criptomoedas, pagamentos, consultoria financeira e negociação sem comissões estão decolando.

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O mercado de fintechs está em alta no momento (Imagem: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)

Empresas que embarcam em serviços financeiros precisam de pessoas experientes – não tanto banqueiros de investimento genéricos ou consultores de gestão, mas aqueles que entendem os detalhes intrincados e pouco atraentes do segmento, como proteção ao consumidor e risco de empréstimos, disse Menai.

Um chefe de divisão que ganha de US$ 10 milhões a US$ 15 milhões por ano em um banco importante pode ganhar de duas a três vezes mais ao assumir o comando de uma empresa, com mais vantagens ao longo do tempo, estimou um executivo sênior.

Os banqueiros de consumo do Goldman – Omer Ismail e seu vice David Stark – haviam sido promovidos nos últimos meses para conduzir a maior reformulação estratégica em décadas da empresa de 152 anos. Portanto, não era questão de que Ismail estivesse tentando deixar o Goldman, mas surgiu uma oportunidade de causar um grande impacto.

O Walmart anunciou planos em janeiro para abrir uma fintech com a Ribbit Capital, uma empresa de capital de risco. Embora tenham revelado poucos detalhes sobre as aspirações além de dizerem que a empresa atenderá a clientes e funcionários do Walmart, os recursos e a credibilidade das companhias são suficientes para agitar Wall Street.

Na segunda-feira, foi divulgada a notícia de que Eric Lane, que havia assumido o posto de corresponsável por gestão de ativos do Goldman há menos de seis meses, iria para o Tiger Global, de Chase Coleman, como presidente e diretor operacional.

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