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Frigoríficos podem ter ganhos com mercados periféricos enquanto preço do ‘boi da vaca louca’ derrete

27 fev 2023, 15:42 - atualizado em 27 fev 2023, 16:01
Carnes, China
Sem China, boi comum também cai de preços e exportações para destinos menos exigentes podem oferecer ganhos (Imagem: China REUTERS/Tingshu Wang)

O boi China (30 meses, quatro dentes e de boa qualidade), mais caro, não tem cotação. O boi comum, mais barato, tem e está lá embaixo.

Sem que se saiba quanto tempo esse animal de prêmio vai ficar travado, sem exportação à China, em decorrência do mal da vaca louca atípico, os demais ficam depreciados.

Aí que reside uma boa oportunidade para os frigoríficos que acessam mercados menos exigentes quanto à qualidade da origem genética da carne, podendo se aproveitar da originação mais barata.

E aqueles que atendem a China, podem atenuar as perdas, enquanto as vendas ao país asiático estão suspensas.

E são muitos destinos, num rol de mais de 120 mercados. Em 2022, demandaram 2,344 milhões de toneladas, sob receita de quase US$ 14 bilhões.

Ainda que china represente cerca de 60%, mesmo descontando mercados mais nobres como Estados Unidos e Europa, ainda sobra um bom tanto para outros portos.

A cerca de R$ 270 a @ boi comum (na sexta, em baixa de mais de R$ 30), sem prêmio, os frigoríficos podem ganhar com destinos como Egito, Equador, Peru, Venezuela, países da África, alguns centros do Leste europeu, a quase totalidade dos compradores do Golfo Arábico, e certos cantos da Ásia.

Pode cair mais a @ a depender o tempo de solução das negociações com os chineses para liberação, embora também os negócios são parcos, inclusive porque o mercado interno ainda tem margens a manter de bois remanescente.

Coincidentemente com a crise renovada (de 2021) com a China – quando o país deixou 3,5 meses as importações -, a Abrafrigo solicitou ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, apoio para mais médios e pequenos frigoríficos exportarem.

Eles teriam mais ganhar atendendo mercados periféricos.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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