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Fundador da rede Terra (LUNA) afirma que acusações contra ele têm ‘motivações políticas’

18 out 2022, 8:46 - atualizado em 18 out 2022, 8:46
fundador da rede Terra
No mês passado, Interpol emitiu um alerta vermelho contra o fundador da rede Terra. (Imagem: YouTube/Terra)

O fundador da rede Terra (LUNA) – Do Kwon – afirmou que as acusações contra ele de promotores da Coreia do Sul são “politicamente motivadas” e reiterou, novamente, que não está fugindo de autoridades.

“Estamos um pouco decepcionados pelo modo como promotores estão tentando criar uma nova regulamentação por meio de procedimentos judiciais criminais, enquanto isso deveria fazer parte do trabalho do legislativo ou, pelo menos, de reguladores financeiros”, disse Kwon ao participar do podcast Unchained, apresentado por Laura Shin, nesta terça-feira (18).

O fundador da rede Terra é procurado por autoridades de seu país nativo, a Coreia do Sul, por supostamente violar a Lei de Mercados de Capitais do país. As acusações derivam do colapso do ecossistema Terra, da stablecoin algorítmica TerraUSD (UST) e da criptomoeda LUNA.

Em maio, TerraUSD perdeu a paridade ao dólar, resultando na implosão de todo o ecossistema e apagando, aproximadamente, US$ 40 bilhões em poucos dias.

Kwon afirmou que não viu uma cópia do mandado de prisão e que todas as informações que sabe sobre as acusações vieram da mídia. Além de supostamente violar a Lei de Mercados de Capital, o fundador não tem certeza de quais outras acusações está enfrentando.

“Não acredito que nenhuma das acusações relacionadas à Lei de Mercados de Capitais são aplicáveis, porque a posição do governo é de que as criptomoedas não deveriam ser governadas pela Lei de Mercados de Capital, porque não são valores mobiliários”, disse ele.

“Não acreditamos que essas são acusações legítimas, e elas são politicamente motivadas”.

Onde está o fundador da rede Terra?

O fundador da rede Terra foi questionado sobre sua localização atual – algo sob especulação há algum tempo.

“Poderia responder essa pergunta, mas o problema é que não quero que haja muitas suposições em relação a quais país e em qual cidade estou morando”, disse ele. “O quão mais fácil eu tornar para que as pessoas saibam minha localização, mais difícil será para mim continuar a vida normalmente”.

Apesar de ser procurado por autoridades sul-coreanas e ser alvo de um alerta vermelho do Interpol, Kwon disse repetidamente que não está fugindo de autoridades e que está disposto a cooperar com elas.

No entanto, a localização atual do fundador da rede Terra é desconhecida, após informes citando afirmações de autoridades de Singapura de que Kwon fugiu da cidade-Estado em setembro.

“O principal motivo por que não quero falar sobre minha localização para mídia é porque, quando o colapso aconteceu em maio, houve muitas situações em que minha segurança pessoal foi ameaçada”, disse ele a Shin, destacando que “pessoas invadiram o prédio em que eu morava”.

O fundador da rede Terra disse que a invasão aconteceu tanto em sua casa em Singapura quanto na Coreia do Sul. “Cada vez que a localização em que estou se torna pública, fica quase impossível para mim viver naquele lugar”, explicou.

Dinheiro congelado?

O fundador da rede Terra contestou afirmações sobre US$ 65 milhões em bitcoin (BTC), pertecentes a Luna Foundation Guard (LFG), uma organização sem fins lucrativos que apoiava o ecossistema da rede Terra, movidos para as corretoras cripto KuCoin e OKX em setembro.

Kwon disse que só porque os fundos foram movidos para uma corretora não significa que eles foram vendidos.

Autoridades da Coreia do Sul pediram que as corretoras congelassem os fundos, mas aparentemente as transações não são as únicas sendo questionadas.

“Houve alegações de que movemos fundos de LFG para uma carteira de custódia da Gemini e que esse valor está lá ou algo do tipo. Tudo que fizemos foi confirmar uma negociação com formador de mercado e transferir o bitcoin para um endereço sob instrução do formador de mercado”, disse o fundador da rede Terra.

Ele também afirmou ter contratado uma companhia de análise de dados em blockchain, que recebeu todos os dados de negociação de LFG. Nas próximas semanas, a companhia publicará um relatório que “irá fornecer mais clareza”.

“Não há qualquer desvio, roubo de fundos ou qualquer coisa parecida que parece estar circulando na mídia”, disse Kwon.

A apresentadora do podcast também chamou a atenção de tuítes do fundador da rede Terra e de LFG em maio, em que prometiam a devolução de fundos para detentores de tokens da rede Terra antes do colapso, priorizando pequenos detentores.

No entanto, Kwon disse não ter muita clareza sobre quanto tempo esse processo pode levar.

“Neste momento, LFG não está em um estado em que pode dar vazão a seus ativos. Há um litígio civil pendente contra LFG”, afirmou Kwon.

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