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Furo do teto piora previsões para 2022, Ibovespa derrete 2,2% e beira mínimas do ano

21 out 2021, 12:41 - atualizado em 21 out 2021, 12:41
Ibovespa
Às 12:40, o Ibovespa tinha desvalorização de 2,18%, aos 108.411.00pontos (Imagem: Reuters/Rahel Patrasso)

O principal índice da bolsa brasileira se aproximava das mínimas do ano nesta quinta-feira, com a confirmação de que o governo pretende contornar o teto de gastos levando agentes do mercado a piorarem projeções macroeconômicas de 2022.

Às 12:40, o Ibovespa tinha desvalorização de 2,18%, aos 108.411.00pontos. O giro financeiro da sessão era de 12 bilhões de reais.

A confirmação do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o governo pretende se valer de um “waiver” para usar cerca de 30 bilhões de reais fora do teto constitucional de gastos para financiar o programa Auxílio Brasil, deteriorava as previsões já desanimadoras para a economia em 2022, já fragilizada pela combinação de inflação e juros em alta.

“A elevação do risco fiscal como resultado dessas incertezas tem levado as apostas de um ajuste mais duro na próxima reunião do Copom”, afirmou a XP em nota a clientes.

O JPMorgan passou a prever alta 1,25 ponto percentual da Selic na próxima reunião do comitê de política monetária do Banco Central, com a taxa básica de juro chegando a 9,75% ao ano em fevereiro.

Esse quadro, que já vinha prevalecendo sobre os negócios na semana, mesmo com o quadro externo positivo, desta vez era agravado por um ambiente global menos favorável, além de outros elementos locais que pressionavam as ações.

Um eles era a notícia de que um movimento de tanqueiros está impedindo a entrada de caminhões nas bases de abastecimento de combustíveis em Campos Elíseos, no Rio de Janeiro, elevando temores de que problemas no setor causem desabastecimento e alta de preços.

Destaques

Petrobras (PETR3;PETR4)caía 2%. A companhia divulgou resultados operacionais considerados positivos por analistas.

O BTG Pactual (BPAC11) afirmou que “outro ciclo de fortes resultados financeiros está a caminho”, mas que isso deve ser eclipsado pelo ruído em torno da política de preços dos combustíveis.

Vibra Energia (Ex-BR Distribuidora) (BRDT3),caía 3,8%, Ultra (UGPA3) tinha baixa de 4,5% e Raízen (RAIZ4) recuava 2,7%, em meio a temores sobre desdobramentos de uma paralisação de caminhoneiros.

Vale (VALE3) cedia 3,6%, com os preços de metais ferrosos na China despencando devido à queda nos preços do carvão e estagnação do consumo de aço. Usiminas (USIM3) tombava 4,6%, CSN (CSNA3) perdia 3,25%.

Banco do Brasil(BBAS3) encolhia 3,1%, Bradesco (BBDC4) era depreciada em 0,5% e Itaú Unibanco (ITUB4) tinha recuo 0,6%, com os grandes bancos nacionais devolvendo ganhos da véspera.

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