Internacional

G7 deve doar vacinas contra a Covid para evitar desastre pandêmico nos níveis de 1918

03 jun 2021, 13:24 - atualizado em 03 jun 2021, 13:24
Esperar até que o pior da pandemia acabe e então entregar a vacina vai realmente reduzir seu valor  (Imagem: Ben Stansall/REUTERS)

Líderes do Grupo dos Sete (G7), formado por países mais ricos do mundo, precisam doar vacinas contra a Covid-19 com urgência para evitar um resultado semelhante à gripe de 1918, que matou 50 milhões de pessoas, disse à Reuters o chefe da Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI).

A pandemia de coronavírus matou quase 3,7 milhões de pessoas em todo o mundo e infectou mais de 170 milhões de pessoas, enquanto cerca de 50 milhões morreram em 1918-1919, com aproximadamente um terço da população mundial tendo contraído a gripe.

Mas enquanto a sociedade volta a uma aparente normalidade em países como os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, graças ao rápido andamento da vacinação contra a Covid-19, muitos outros não têm acesso ao mesmo número de vacinas.

Richard Hatchett, o chefe executivo da CEPI que co-dirige o consórcio de compartilhamento de vacinas Covax Facility, citou o exemplo do Peru, que recentemente revisou seu número de mortes para cima tornando-se o país mais atingido per capita do mundo.

“É um imperativo moral se quisermos evitar situações como o Peru, se quisermos evitar impactos que podem se comparar com os da gripe de 1918, devemos enviar vacinas aos países para proteger seus profissionais de saúde e proteger as populações vulneráveis agora”, disse Hatchett à Reuters em uma entrevista.

“Os países do G7 precisam se esforçar para isso”, acrescentou.

Os ministros da saúde do G7 se reúnem em Oxford na quinta e na sexta-feira, e Hatchett pediu aos líderes que mostrem “coragem política” para compartilhar as doses o mais rápido possível na reunião da próxima semana.

“Esperar até que o pior da pandemia acabe e então entregar a vacina vai realmente reduzir seu valor”, disse Hatchett, acrescentando que “as reuniões do G7 nem sempre ocorrem com uma crise de proporções globais e impacto histórico, e essa é crítica, única em uma geração do G7”.

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