Economia

‘Há uma dificuldade em cumprir a meta fiscal, mas é importante insistir na manutenção’, diz Campos Neto

17 nov 2023, 13:28 - atualizado em 17 nov 2023, 13:28
campos neto meta fiscal
(Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou a importância de o governo perseguir a meta de zerar o déficit das contas públicas, apesar de acreditar que ela não será cumprida.

A equipe econômica calcula que o déficit nas contas públicas seja de R$ 168 bilhões, o que, para Campos Neto, é um montante considerado ainda bem alto. No entanto, ele enxerga que o governo está se esforçando para seguir o combinado.

“A nossa posição é de que é importante manter a meta. O mercado acredita sobre a dificuldade, mas é importante insistir. É um trabalho muito grande, mas o arcabouço fiscal já tem previsão de quando não cumpre as metas. Acho que é importante seguir na meta, e mostrar que independentemente das dificuldades, de aprovações no Congresso, é importante insistir. Tenho me juntado ao coro da Fazenda”, disse o presidente do BC.

As falas do presidente da autarquia vieram durante uma live organizada pelos jornais O Globo e Valor Econômico nesta sexta-feira (17), onde debateu os principais fatores que permeiam a economia brasileira: arcabouço fiscal, inflação, reforma tributária e o crescimento do país.

Ainda sobre os gastos do país, Campos Neto apresentou dados de que o Brasil tem um gasto público bem acima dos outros países e que, segundo ele, “é uma conta que a gente tinha que pagar e que veio das eleições”.

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Campos Neto reiterou que o BC errou para baixo, nos últimos quatro anos, a projeção do PIB do país e que isso se deve às reformas aprovadas nos últimos anos e nos últimos governos.

O balanço de 2023 na visão de Campos Neto

O presidente do BC ao final de sua participação no evento E agora, Brasil? fez um retrocesso dos acontecimentos no país que fizeram o Brasil chegar no patamar otimista que está hoje.

“2023 foi um ano desafiador, tiveram diversas críticas aos juros altos e, no final das contas, o que se mostrou é que a inflação convergiu”, recordou.

O presidente, que acaba de voltar do exterior, onde conversou com os principais bancos centrais do mundo, reforçou que a visão que se tem de fora é que o Brasil “foi bem”. “Poderia ter sido melhor? Sempre pode. Vamos trabalhar para isso”, disse Campos Neto.

Quanto à Reforma Tributária aprovada no Senado, a percepção dele é de que “não é o mundo ideal”, mas que pode ajudar lá na frente.

Para 2024, Campos Neto reforça o cuidado com o fiscal e expressa uma leve preocupação em melhorar o crescimento do Brasil, visto que as projeções apontam para uma esfriada. Segundo ele, será necessário encontrar novas alternativas. “Temos todas as condições para ficar otimista para 2024”, pontuou.

Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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