Mercados

Ibovespa fecha em alta após ata do Fed

07 jul 2021, 17:27 - atualizado em 07 jul 2021, 17:45
B3 Ibovespa 56
O volume financeiro totalizou 29 bilhões de reais (Imagem: Facebook/B3)

O Ibovespa (IBOV) fechou em alta nesta quarta-feira, renovando máxima da sessão na parte da tarde após a ata da última reunião do Federal Reserve amenizar receios sobre uma antecipação no processo de redução de estímulos monetários nos Estados Unidos.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,54%, a 127.018,71 pontos. No melhor momento, chegou a 127.248,96 pontos.

O volume financeiro totalizou 29 bilhões de reais.

A reação ocorreu após dois pregões seguidos de baixa, em que o Ibovespa acumulou queda de quase 2%.

De acordo com a ata do Fed, referente ao encontro do mês passado, autoridades do BC norte-americano avaliaram que o objetivo de mais progresso substancial da recuperação dos Estados Unidos ainda não fora atingido de forma geral.

Enquanto “vários participantes” ainda sentiram que as condições para reduzir as compras de ativos serão “atingidas de certa forma mais cedo do que eles esperavam”, outros viram um sinal menos claro vindo dos dados.

Na visão do estrategista-chefe do banco digital Modalmais, Felipe Sichel, a ata mostra um comitê que vê sinais contínuos de recuperação da atividade e aceleração da inflação, mas também atribui incerteza elevada a grande parte de suas projeções.

“Em relação ao tapering, há relativamente poucas novidades que forcem uma antecipação da projeção de início do processo na primeira reunião do ano que vem”, disse, enxergando nesse sentido um tom mais ‘dovish’ do que o adotado no mês passado.

Em junho, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed antecipou para 2023 projeções para aumento nas taxas de juros e abriu a discussão sobre quando e como pode ser apropriado começar a reduzir suas compras mensais de ativos.

“Foi um dia de alívio”, disse o sócio e economista da VLG Investimentos Leonardo Milane, avaliando que a mensagem do Fed (nesta quarta-feira) ajudou a acalmar os mercados em relação a um potencial aperto da política monetária norte-americana.

No Brasil, contudo, os ruídos políticos permanecem, observou, o que acaba afetando o humor dos investidores, apesar do bom momento em termos de recuperação da economia no país.

“É só essa questão do ruído político sair da frente para a bolsa voltar a se recuperar”, avaliou.

Apesar da alta nesta sessão, o Ibovespa continua abaixo das máximas registradas no mês passado, quando chegou a ultrapassar os 131 mil pontos durante o pregão do dia 7.

Destaques

Magazine Luiza (MGLU3) valorizou-se 4,46%, tendo como apoio dados do IBGE que mostraram que maio registrou avanço de 1,4% nas vendas no varejo ante abril, que teve o desempenho revisado para cima.

Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 1,4%, em sessão de recuperação do setor de modo geral, com Bradesco (BBDC4)  avançando 0,73%.

Na contramão, Banco Inter (BIDI11) fechou em queda de 0,27%.

Unidas (LCAM3)  e Localiza (RENT3) avançaram 5,46% e 5,42%, respectivamente, ganhando fôlego na parte da tarde. Investidores seguem atentos ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que está analisando a fusão de ambas.

Vale (VALE3) subiu 0,29%, beneficiada pela alta dos futuros do minério de ferro e do aço na China, que deu suporte para o setor como um todo, com destaque para CSN  (CSNA3), que encerrou com elevação de 3,45%.

Petrobras (PETR4) avançou 1,37%, recuperando parte da perda da véspera, quando fechou em baixa de 4%. A melhora ocorreu mesmo com a queda dos preços do petróleo no exterior.

Petrorio (PRIO3) caiu 1,98%, ampliando as perdas da véspera, quando fechou em baixa de 5,82%, encerrando uma série de cinco altas, em que acumulou ganho de 14,5%.

Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.