Ibovespa (IBOV) atinge em novembro feito não visto desde 2020

O Ibovespa (IBOV) renovou máximas desde meados de 2021 nesta quinta-feira (30), último dia de novembro, com dados de inflação dos Estados Unidos no radar e suporte de ações blue chips.

O índice, que é referência para a Bolsa brasileira, avançou 0,92%, a 127.331,12 pontos. Esse é o melhor patamar desde julho de 2021.

Com a alta de hoje, o Ibovespa encerra novembro com ganhos acumulados de 12,5% e marca sua melhor performance mensal desde novembro de 2020, quando alcançou uma subida de 15,9%.

Nesta quinta, o foco dos mercados recaiu sobre os dados de inflação americanos. O índice de preços PCE ficou estável em outubro, após alta de 0,4% no mês anterior. Já o núcleo do indicador registrou avanço de 0,2%, contra alta de 0,3% em setembro.

Para o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori, os números, mesmo tendo vindo fortes, reforçam o processo de desinflação nos EUA, corroborando com a expectativa de fim de ciclo de alta de juros por parte do Federal Reserve (Fed), o banco central do país.

No ambiente doméstico, investidores olharam com atenção para os dados de desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontaram queda de 0,3 ponto percentual no trimestre encerrado em outubro, levando a taxa a 7,6%, o menor nível desde o início de 2015.

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Magalu entre as altas e força das blue chips

As ações da Cielo (CIEL3) saltaram 7,77%, marcando lugar de destaque no Ibovespa nesta quinta. Magazine Luiza (MGLU3) também deve ser mencionada, após subir 7,45%.

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Em paralelo, a Embraer (EMBR3) avançou 5,44%, após anúncio de que a canadense Porter Airlines fez um novo pedido firme de 25 jatos E195-E2.

Nos destaques de baixa, os frigoríficos Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) chamaram a atenção. Braskem (BRKM5) também, após a prefeitura de Maceió, Alagoas, decretar estado de emergência por risco de colapso em uma mina da companhia.

Klabin (KLBN11), que divulgou suas estimativas de investimento para o biênio 2023-24, recuou 3,67%.

Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) aproveitaram um pregão positivo. Bancos também registraram boa performance, com Banco do Brasil (BBAS3) subindo 2,92%.

*Com informações da Reuters.