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Ibovespa deve ter semana de calmaria (se a Americanas deixar…)

16 jan 2023, 7:39 - atualizado em 16 jan 2023, 7:43
Ibovespa inicia semana com feriado em Nova York, o que enxuga a liquidez dos mercados globais, mas próximos dias também devem ser de calmaria (Arte: Money Times)

O Ibovespa inicia a semana sem a referência das bolsas de Nova York. O feriado hoje nos Estados Unidos enxuga a liquidez dos mercados globais e deixa indefinida a direção para o dia. Mas não é apenas esta segunda-feira que deve ser de calmaria. Na agenda econômica, o destaque fica apenas com o PIB da China, nesta noite

Com isso, os investidores fazem uma pausa para respirar e recompor o fôlego. Ainda mais depois de um início de ano novo agitado por aqui, com os grandes eventos em Brasília que marcaram os dois primeiros domingos de 2023. 

Aliás, o noticiário político segue no foco. Mas o radar se desloca da capital federal para Davos, na Suíça. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa do Fórum Econômico Mundial nesta semana. 

Ele chega aos alpes suíços na companhia da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Ambos têm a missão de mostrar que o governo Lula segue funcionando mesmo após os atos antidemocráticos no último dia 8. 

Mais que isso, Haddad e Marina buscam reinserir o Brasil na cena internacional. Para tanto, eles vão levar à cúpula financeira global o plano do país para o desenvolvimento sustentável, com a agenda econômica caminhando lado a lado com a “pauta verde”.

Dias de calmaria dependem da Americanas

Portanto, o Ibovespa não tem muito para onde mirar nesta segunda-feira. Ainda assim, o ligeiro viés negativo vindo dos ativos de risco no exterior, em especial do petróleo e do minério de ferro, deve influenciar. Já o dólar ensaia uma recuperação.  

Lá fora, passadas as divulgações dos dados de emprego e inflação nos EUA, o foco se volta para os balanços trimestrais. A principal incerteza é quanto ao impacto do aperto dos juros promovido pelo Federal Reserve nos lucros corporativos.   

Por aqui, a safra de resultados começa apenas no mês que vem. Até lá, é a Americanas quem rouba a cena no âmbito micro. A relação entre a varejista e os credores piorou desde a última sexta-feira (13).

Com isso, apesar da forte recuperação de AMER3 ao final da semana passada, os papéis da Americanas podem sofrer renovada pressão no curto prazo. O setor financeiro também deve ser contaminado. Até porque se no mercado de ações o pior parece ter ficado para trás; no mercado de crédito a história é outra.   

A ver, então, se o Ibovespa se anima em buscar novos topos, depois de encerrar a semana passada com a primeira alta semanal do ano, colado aos 111 mil pontos. Vai depender também do que dizem os gráficos.

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h30:

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,17%; a bolsa de Frankfurt tinha alta de 0,13%; a de Paris oscilava com +0,05% e a de Londres ganhava 0,09%;

Câmbio: o índice DXY subia 0,09%, a 102.30 pontos; o euro oscilava com -0,02%, a US$ 1,0831; a libra caía 0,12%, a US$ 1,2219; o dólar tinha alta de 0,45% ante o iene, a 128,44 ienes;

Commodities: o futuro do petróleo WTI caía 0,62%, a US$ 79,61 o barril; o do petróleo Brent recuava 0,43%, a US$ 84,91 o barril; o contrato futuro mais líquido do minério de ferro (maio/23) negociado em Dalian (China) fechou em queda de 2,76%, a 846 yuans a tonelada métrica, após ajustes.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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