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Ibovespa (IBOV) volta do feriado com um olho no retrovisor e outro para frente

10 abr 2023, 7:49 - atualizado em 10 abr 2023, 7:49
Ibovespa volta do feriado devendo para hoje reação ao payroll, que saiu na sexta Santa, à espera do CPI dos EUA, na quarta (Arte: Money Times)

O Ibovespa (IBOV) volta do feriado com os mercados globais olhando pelo retrovisor. Afinal, os ativos de risco ficaram devendo para esta segunda-feira (10) a reação ao relatório oficial sobre o emprego nos Estados Unidos.

Os dados do chamado (payroll) saíram em plena Sexta-feira Santa (7) e mostraram que o mercado de trabalho norte-americano segue forte, deixando o Federal Reserve em uma encruzilhada. Com isso, cresce a expectativa pelo índice de preços ao consumidor (CPI).

O indicador será conhecido na quarta-feira (12) e deve calibrar as expectativas em relação à próxima reunião do Fed, em maio. Por ora, as apostas por um novo aumento residual, de 0,25 ponto percentual (pp), seguem majoritárias.

Porém, é o impacto da crise bancária no crédito que deve ser determinante para o momento exato do fim do aperto dos juros nos EUA. Aliás, a temporada de resultados do primeiro trimestre começa nesta semana, com os grandes bancos largando na frente.

Ibovespa: cem dias, 100 mil pontos

À espera desses eventos, os mercados lá fora iniciam a semana sem movimentações relevantes. Vale lembrar que boa parte da Europa permanece fechada hoje, ainda em meio às celebrações da Páscoa.

Por aqui, a sensação é de que apesar dos riscos internacionais, o que pesa no Ibovespa é a situação interna. O principal baque sentido pela bolsa foi o Selic Day, quando no dia seguinte à ‘Super Quarta’, houve a ‘Super Queda’.

O fato é que os mercados domésticos têm poucos motivos para celebrar nesses primeiros cem dias do governo Lula. Apesar de o novo arcabouço fiscal remover uma incerteza do cenário, ainda restam dúvidas em torno da proposta, o que testa a marca dos 100 mil pontos e a faixa de R$ 5,00 do dólar.   

Diante disso, o Banco Central ainda não parece convencido quanto à possibilidade de cortes na taxa Selic em breve. Seja como for, qualquer mudança na condução da política monetária, tanto por parte do Fed quanto do Copom, não irá salvar o mercado. 

A história ensina que, em geral, cortes nos juros não levam, mecanicamente, a ralis nas bolsas. Isso pode levar algum tempo e, antes, vir acompanhado de quedas adicionais das ações

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h40:

EUA: o futuro do Dow Jones oscilava com +0,08%; o do S&P 500 tinha leve alta de 0,03% e o Nasdaq caía 0,13%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) avançava 1,37% no pré-mercado; entre os ADRs, os da Vale caíam 0,13%, enquanto os da Petrobras ainda não tinham negociação;

Europa: os principais mercados da região permanecem fechados hoje;

Ásia: o índice japonês Nikkei 255 fechou em alta de 0,42%, enquanto a Bolsa de Xangai caiu 0,37%;

Câmbio: o índice DXY tinha leve baixa de 0,07%, 102.02 pontos; o euro oscilava com +0,02%, a US$ 1,0910; a libra tinha leve alta de 0,14%, a US$ 1,2436; o dólar tinha leve alta de 0,08% ante o iene, a 132,28 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,362%, de 3,405% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 3,933%, de 3,966% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro caía 0,50%, a US$ 2.016,20 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI subia 0,12%, a US$ 80,81 o barril; o do petróleo Brent oscilava com +0,06%, a US$ 85,17 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (setembro) fechou em queda de 0,63% em Dalian (China), a 786,50 yuans a tonelada métrica, após ajustes.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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