Mercados

Ibovespa mostra volatilidade com bateria de resultados; Petrobras desponta em alta

15 maio 2020, 11:46 - atualizado em 15 maio 2020, 11:47
Ibovespa opera em leve baixa (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

A bolsa paulista mostrava fraqueza nos primeiros negócios desta sexta-feira, quando investidores têm uma bateria de resultados corporativos para repercutir, entre eles Petrobras (PETR3; PETR4) e JBS (JBSS3), encerrando mais uma semana volátil no mercado brasileiro por desdobramentos relacionados à pandemia do novo coronavírus.

Às 11:46 (horário de Brasília), o Ibovespa (IBOV) caía 0,05%, a 78.969,64 pontos.

No exterior, o petróleo avançava, assim como bolsas na Europa adotavam um viés positivo, mas o futuro do norte-americano S&P 500 situava-se em terreno negativo, com novos ruídos nas relações comerciais entre os Estados Unidos e a China também pressionando nos negócios

Da cena local, além dos balanços, o cenário político continua no radar, assim como merece atenção o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que retraiu 5,90% em março ante o mês anterior – menos do que a expectativa em pesquisa da Reuters de queda de 6,95%.

Destaques

Petrobras (PETR4) subia 4%, apesar do prejuízo histórico de 48,5 bilhões de reais de janeiro a março, com analistas destacando positivamente o desempenho operacional da companhia no período, bem como a geração de caixa. Petrobras (PETR3) avançava 5,8%, tendo ainda de pano de fundo a alta dos preços do petróleo no mercado externo.

CSN
Siderúrgica teve prejuízo de R$ 1,3 bilhões no 1° trimestre de 2020 (Imagem: Bloomberg)

CSN (CSNA3) caía 4,1%, após prejuízo líquido de 1,3 bilhão de reais no primeiro trimestre, em resultado que mostrou quedas nas vendas de aço e minério de ferro na comparação anual, impactadas pelos efeitos da pandemia de coronavírus.

A alavancagem medida pela relação dívida líquida sobre Ebitda subiu para 4,78 vezes no final de março. No setor de mineração e siderurgia, Vale (VALE3) subia 1,1%.

JBS (JBSS3) recuava 5,6%, tendo de pano de fundo prejuízo de 5,9 bilhões de reais no primeiro trimestre, uma vez que a forte valorização do dólar atingiu em cheio a linha financeira da companhia, ofuscando o aumento da receita a despeito dos primeiros impactos do coronavírus.

B3 (B3SA3) valorizava-se 3,52%, conforme a volatilidade severa dos mercados financeiros oriunda da crise do coronavírus turbinou as receitas do primeiro trimestre da companhia, que reafirmou meta de pagar aos acionistas até 150% do lucro aos acionistas em 2020.

Suzano (SUZB3) cedia 3,8%, em meio ao prejuízo líquido de 13,4 bilhões de reais no primeiro trimestre, afetado pelo forte impacto da desvalorização do real contra o dólar na dívida em moeda estrangeira do grupo. O Ebitda ajustado, contudo, somou 3,03 bilhões de reais, alta de 10% e acima do que esperavam analistas, em média.

Fleury (FLRY3) perdia 4%. A rede de clínicas de medicina diagnóstica teve queda no lucro do primeiro trimestre, já acusando os primeiros efeitos da pandemia do coronavírus.

Cyrela CYRE3
Queda de R$ 48 milhões no lucro da Cyrela na comparação com o mesmo período do ano passado (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

Cyrela (CYRE3) recuava 2,7%, após divulgar lucro líquido de 28 milhões de reais no primeiro trimestre, uma queda ante os 48 milhões de reais em resultado positivo obtido no mesmo período do ano passado.

Sabesp (SBSP3) caía 1,8%, após prejuízo líquido de 657,9 milhões de reais no primeiro trimestre, revertendo lucro de 647 milhões um ano antes, com aumento de despesas financeiras decorrente da valorização do dólar frente ao real e aumento de provisões em meio à pandemia do Covid-19. Também no radar está o início das discussões de revisão tarifária.

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