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Gigantes da Bolsa, como Petrobras e Vale, empurram Ibovespa para baixo

16 set 2021, 12:34 - atualizado em 16 set 2021, 12:34
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Pressão: queda do minério de ferro arrasta junto a Vale e o Ibovespa (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) engatava nesta quinta-feira a terceira queda seguida, trabalhando abaixo dos 114 mil pontos pela primeira vez na semana, em meio a um exterior desfavorável e manutenção de incertezas domésticas, enquanto Log-In (LOGN3) disparava após oferta de compra do controle da companhia pela MSC.

Às 11:41, o Ibovespa caía 1%, a 113.907,62 pontos. O volume financeiro somava quase 9 bilhões de reais, com o pregão também marcado pelas operações relacionadas ao vencimento de opções sobre ações na sexta-feira.

No exterior, o norte-americano S&P 500 caía 0,48%, pressionado pelo declínio do setor de tecnologia e de ações do segmento de energia em meio à queda dos preços do petróleo. Dados sobre as vendas no varejo dos Estados Unidos também estão no radar.

De acordo com a equipe da Planner, investidores também continuam atentos às notícias da China, que segue lidando com problemas internos na sua economia e na política, com regulações impostas às empresas pelo governo. Tais eventos têm pesado nos preços do minério de ferro e afetado as ações da Vale (VALE3).

No Brasil, agentes financeiros veem a falta de avanço efetivo nas negociações relacionadas à questão dos precatórios como um componente que infla ainda mais as incertezas sobre a trajetória das contas públicas para o próximo ano, em meio a perspectivas de crescimento menor, juros e inflação em alta.

Em comentários a clientes, a Guide Investimentos também citou impasse em torno do financiamento dos precatórios enquanto o governo federal busca uma fonte de financiamento para o seu “Auxílio Brasil”, nova versão do programa Bolsa Família.

Petrobras
Petrobras caía 2%, contaminada pelo declínio dos preços do petróleo no exterior, onde o Brent registrava queda de 0,9%, a 74,77 dólares o barri (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Destaque

– Vale recuava 2%, na esteira de nova queda dos preços do minério de ferro na China, com os contratos futuros de referência na bolsa de Dalian fechando em baixa de 3,9%, para 671 iuanes por tonelada.

Petrobras (PETR3;PETR4) caía 2%, contaminada pelo declínio dos preços do petróleo no exterior, onde o Brent registrava queda de 0,9%, a 74,77 dólares o barril. No setor, PetroRio (PRIO3) perdia 1,6%.

Itaú Unibanco (ITUB4) recuava 0,7% e Bradesco (BBDC4) perdia 1,85%, em meio ao ambiente ainda de incertezas no Brasil, enquanto Banco Inter (BIDI11)  subia 1,6% após ajuste negativo na véspera.

Hypera (HYPE3) cedia 4,2%, após acordo por meio do qual pagará 500 milhões de reais à Falcon para encerrar um processo de arbitragem envolvendo a venda do negócio de descartáveis em 2017.

Cosan (CSAN3) subia 1%, na quarta sessão seguida de valorização, com a alta na semana somando quase 9%. Analistas do BTG Pactual reiteraram a recomendação de “compra” para as ações e elevaram o preço-alvo para 39 reais.

Cielo (CIEL3) valorizava-se 2%, após atingir a mínima histórica de 2,35 reais mais cedo, ampliando a perda acumulada em setembro para mais de 15%

– Log-in que não está no Ibovespa, disparava 37,8%, após proposta do grupo marítimo suíço MSC para adquirir o controle de até 67% da empresa de logística a 25 reais por ação. Na máxima, o papel chegou a 22,50 reais (+50,5%).

CBA (CBAV3),  que também na faz parte do Ibovespa, perdia 5,2%, após estimar impacto total da crise hídrica entre 150 milhões e 180 milhões de reais no Ebitda no segundo semestre.

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