Mercados

Ibovespa segue piora em NY e fecha em queda de 1,2%; Linx dispara 31,5%

11 ago 2020, 17:16 - atualizado em 11 ago 2020, 18:27
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O Ibovespa recuou 1,23%, a 102.174,40 pontos (Imagem: B3/Linkedin)

O Ibovespa (IBOV) fechou em queda nesta terça-feira, seguindo a piora em Nova York diante da falta de avanços nas negociações para novos estímulos fiscais nos Estados Unidos, enquanto o ânimo com o anúncio da vacina contra a Covid-19 pela Rússia perdeu fôlego diante de incertezas sobre seu processo de desenvolvimento.

A cena corporativa também ocupou as atenções na bolsa paulista, com destaque para a divulgação pela Linx de que negocia uma possível fusão com a StoneCo, o que fez as ações de ambas dispararem. Da temporada de balanços, Cosan (CSAN3) figurou na ponta negativa após prejuízo trimestral.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 1,23%, a 102.174,40 pontos, quase na mínima do dia. O giro financeiro somou 28,6 bilhões de reais na sessão marcada ainda por operações tendo em vista o vencimento de contrato futuro do Ibovespa, na quarta-feira.

Em Wall Street, o S&P 500 flertou com nova máxima história, mas fechou com queda de 0,8%, após o líder republicano no Senado dos EUA, Mitch McConnell, afirmar que negociadores da Casa Branca não conversaram com lideranças do partido Democrata no Congresso sobre estímulos fiscais.

Mais cedo, as apostas de mais ajuda à economia encontraram suporte em comentários do presidente Donald Trump, de que os principais democratas do Congresso queriam se reunir com ele para discutir estímulos econômicos.

Na máxima da sessão, o Ibovespa chegou a 104.408,92 pontos, tendo como pano de fundo declaração do presidente da Rússia, Vladimir Putin, de que o país tornou-se o primeiro do mundo a dar aval regulatório para vacina contra Covid-19.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que está discutindo com autoridades de saúde da Rússia o processo para uma possível pré-qualificação da vacina.

Na visão do gestor Ricardo Campos, sócio na Reach Capital, após uma reação positiva no começo do dia ao anúncio da vacina, vieram incertezas em razão das poucas informações médicas oficiais e o fato de não ter sido feio um teste mais amplo com milhares de voluntários (Fase 3 de ensaio clínico).

“Ainda assim, a notícia ajudou as chamadas ações de ‘sair, de viajar’, como Gol, Azul e CVC. Mas esses papéis tem peso pequeno no Ibovespa”, ressaltou.

Destaques

Linx (LINX3), fora do Ibovespa, disparou 31,5%, liderando o índice Small Caps, após a produtora de software para o varejo divulgar que está em tratativas finais para possível combinação de negócios com a empresa de meio de pagamentos StoneCo, anúncio feito durante a sessão. No setor, Cielo (CIEL3) caiu 1,75% e PagSeguro (PAGS) cedeu 1,3%.

Cosan (CSAN3) recuou 3,43%, após reportar na véspera prejuízo líquido de 174,4 milhões de reais no segundo trimestre, ante lucro de 418,3 milhões de reais um ano antes, sob os efeitos da pandemia do coronavírus e do câmbio.

Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) avançaram 8,45% e 7,07%, respectivamente, entre as maiores altas do Ibovespa, na esteira do noticiário sobre vacina contra a Covid-19. CVC Brasil (CVCB3) avançou 6,54%. No ano, esses papéis ainda acumulam desvalorização de cerca de 47%, 60% e 51%, respectivamente.

Braskem (BRKM5) cedeu 3,25%, em sessão de ajustes, após disparar mais de 9% na segunda-feira.

BTG Pactual (BPAC11) caiu 1,77%, após ter subido no começo do dia, na esteira do resultado do segundo trimestre, com alta de receitas apoiado no crescimento de empréstimos, gestão de fortunas e comissões. Na visão de analistas do Safra, os resultados foram bons, com todas as principais linhas de receita ficando acima das expectativas.

Itaú Unibanco (ITUB4) fechou em queda de 1,16% e Bradesco (BBDC4) recuou 0,82%.

Vale (VALE3) perdeu 3,09%, após forte valorização na véspera, mesmo com a alta dos futuros do minério de ferro na China, em sessão de correção no setor de mineração e siderurgia, com Usiminas (USIM5) recuando 2,3%.

Petrobras (PETR4) e Petorbras (PETR3) recuaram 1,58% e 1,7%, respectivamente, conforme os preços do petróleo no exterior também mudaram de sinal. O Brent fechou em queda de 1,09%.

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