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Iguatemi aposta que suas ações renderão mais que o CDI (e quer ganhar muito dinheiro com isso)

06 nov 2020, 10:29 - atualizado em 06 nov 2020, 10:30
Iguatemi IGTA3 Shoppings
Potencial: contratos de swap do Iguatemi trocam CDI por variação das ações (Imagem: Reuters/Nacho Doce)

O conselho de administração do Iguatemi (IGTA3) autorizou a diretoria a firmar contratos de swap, envolvendo a valorização de suas ações, de um lado, e o CDI, de outro. Os contratos serão limitados a uma exposição de até 3,244 milhões de ações ordinárias, o que equivale a R$ 100 milhões pela cotação de quarta-feira (4).

Os contratos terão, na ponta ativa, a variação dos preços das ações do Iguatemi. Na ponta passiva, estará a variação do CDI, mais uma taxa. Na prática, isso significa que, sempre que as ações subirem mais que o CDI, o Iguatemi ganhará a diferença. Se ocorrer o contrário, pagará a diferença.

Assim, a lógica desses contratos de swap é que a cúpula da operadora de shopping centers acredita que as ações subirão mais do que os juros nos próximos meses. Como a taxa básica de juros (Selic) é a principal referência do CDI, é possível ter um parâmetro do que a direção da companhia espera.

Segundo o último Boletim Focus, do Banco Central, na média, o mercado projeta que a Selic termine 2021 em 2,75% ao ano, ante o atual patamar de 2%. Para 2022, a taxa projetada é de 4,50% ao ano.

Otimismo

Os relatórios mais recentes sobre a empresa mostram que os analistas estão otimistas, quanto ao potencial de valorização dos papéis. No fim de outubro, o Inter Research iniciou a cobertura do setor de shoppings com recomendação de compra para Iguatemi, com preço-alvo de R$ 45 para 2021.

A XP Investimentos também retomou a cobertura do setor no fim de outubro, com recomendação de compra para Iguatemi e preço-alvo de R$ 41.

Considerando-se os R$ 32,33 com que a ação fechou nesta quinta-feira (5), isso significa um potencial de alta entre 26,8% (XP Investimentos) e 39,2% (Inter Research).

Os contratos deverão ser liquidados em até 18 meses, a contar desta quinta-feira (5). A empresa esclarece que não haverá troca de ações, e as operações se limitarão a liquidações financeiras.

Veja o fato relevante.

Veja a ata da reunião do conselho de administração.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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