Varejo

Imposto da Shein vai chegar a 60%? Varejo nacional sugere que sim; entenda

14 ago 2023, 16:02 - atualizado em 14 ago 2023, 16:02
ações, investimentos, Sacolas compras varejo shoppings consumo
Shein e demais e-commerces estrangeiros podem perder isenção do Imposto de Importação (Imagem: Pixabay/ tamanna_rumee)

O Imposto de Importação sobre remessas internacionais está sob estudo do Ministério da Fazenda, colocando novamente em cheque a isenção para e-commerces estrangeiros, como Shein, Shopee e AliExpress.

Na última semana, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou à GloboNews que a pasta vai estudar uma revisão da alíquota do Imposto de Importação sobre compras internacionais para dar “isonomia” aos tributos cobrados pelas companhias nacionais.

A fala atende à reivindicação do setor, visto que representantes do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) pediam a reversão da regra de isenção. O pedido da Associação, que reúne mais de 60 empresas, como Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3), foi feito em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em julho.

Durigan afirmou ainda ter recebido dos e-commerces internacionais a sugestão de cobrança de um Imposto de Importação de 20%. Nesta linha, ao Broadcast, o ministro Fernando Haddad confirmou que o assunto está sendo estudado.

Sugestão do varejo nacional

Procurando pelo Money Times, o Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) se manifestou e afirmou estar desenvolvendo estudo para divulgar alíquotas que assegurem a isonomia na competição.

“Os primeiros dados mostram que a alíquota mínima seria de 60%, mas há setores em que a carga tributária total é bem superior, logo, entendemos que não são suficientes alíquotas de imposto de importação de 17%, 20% ou mesmo 40%”, disse em nota.

Vale destacar que a alíquota do Imposto de Importação — a qual companhias que aderirem ao Remessa Conforme estão isentas — já é de 60%.

Remessa Conforme

Passou a vigorar em 1º de agosto o “Remessa Conforme”, programa não obrigatório do governo federal que procura reduzir a quantidade de fraudes fiscais.

A adesão ao programa garante a isenção sobre o Imposto de Importação para compras de até US$ 50. Contudo, vale destacar que as vendas internacionais terão cobrança da alíquota de 17% de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Money Times contatou os grandes nomes do comércio exterior, e a Shein confirmou a adesão ao programa. Em nota, a companhia destacou que vê o programa com bons olhos e já está trabalhando na implementação das mudanças necessárias para estar em total conformidade.

“A companhia está investindo os recursos necessários para se preparar o mais rápido possível, garantindo que todos os seus sistemas estejam operacionalmente prontos sob o novo marco legal”, disse.

Shein no Brasil

De todo modo, em meio à adesão ao programa, a Shein lançou sua primeira coleção com peças 100% produzidas no Brasil. Ou seja, produtos com envio nacional estão disponíveis.

Toda a coleção está disponível no site e aplicativo da marca. Os valores variam de R$ 17 a R$ 190. É possível encontrar a coleção buscando “She(In) Brasil; Envio Nacional”.

Neste ano, a Shein anunciou investimentos de R$ 750 milhões no Brasil, além de nacionalização de 85% de sua operação. Ainda, a empresa assumiu o compromisso com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de criar 100 mil empregos locais nos próximos quatro anos.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
Linkedin
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.