Economia

Índice de Confiança do Consumidor cai 10,1% na capital paulista

22 abr 2020, 15:02 - atualizado em 22 abr 2020, 15:02
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O ICC é composto pelo Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), que caíram, respectivamente, 12,1% e 9,1% (Imagem: Câmara dos Deputados/Ricardo Stuckert)

Em virtude da pandemia do coronavírus, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) na capital paulista passou de 124,6 pontos para 112, em abril, queda de 10,1%, de acordo com informações divulgadas hoje (22), pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que representa 1,8 milhão de empresários.

O indicador apresentou recuo pelo segundo mês consecutivo e é 8% inferior ao de abril de 2019.

O ICC é composto pelo Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), que caíram, respectivamente, 12,1% e 9,1%. No comparativo anual, as quedas foram de 3,6% e 10,1%. Para calcular o índice, foram ouvidos 2,1 mil consumidores do município.

A baixa do Índice de Consumo das Famílias (ICF), também medido pela instituição, foi de 7% neste mês e de 1,1% em relação a abril de 2019.

Em março, o ICF somava 106,2 pontos, que caíram para 98,8. Os itens que se destacaram mais fortemente foram Momento para Duráveis (-15,5%) e Perspectiva de Consumo (- 9,4%). São analisados mais cinco itens: emprego atual; perspectiva profissional; renda atual; acesso ao crédito e nível de consumo atual. No caso do ICF, a amostragem é de 2,2 mil habitantes.

Endividamento de famílias

O levantamento da FecomercioSP revela ainda que 63,7% das famílias que vivem no município de São Paulo têm dívidas em aberto. Desse total, 852.538 lares (21,6%) estão inadimplentes, ou seja, já estão atrasando contas. Apesar disso, 87,5% das 2,2 mil pessoas consultadas para a sondagem declararam que não planejam fazer empréstimos nos próximos três meses.

Para 63,3% dos entrevistados, os cartões de débito e crédito têm sido a melhor forma de efetuar pagamentos, inclusive em ambiente virtual.

Trata-se do maior percentual atingido desde setembro de 2019, quando a questão passou a constar do levantamento da FecomercioSP.

Em nota, a federação faz recomendações ao empresariado. A entidade pede que os comerciantes continuem disponibilizando meios de pagamento alternativos por meio online, como PicPay, Mercado Pago e AME, para evitar a exposição de funcionários ao contato físico que ocorre quando o cliente precisa usar a máquina de cartão.

A FecomercioSP destaca ainda a importância de o empresariado renegociar dívidas neste momento e de pedir descontos a fornecedores e também no pagamento do aluguel das lojas.

“Além disso, deve fazer promoções para não ficar com estoques elevados”, finaliza.

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