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Ingerência política contamina Banco do Brasil, que despenca 11,65%

22 fev 2021, 18:30 - atualizado em 13 mar 2021, 17:45
André Brandão
Segundo informações, André Brandão, CEO do banco, seria o próximo a deixar o comando de uma estatal por decisão do presidente (Imagem: Wikimedia Commons)

A ingerência política do presidente Jair Bolsonaro também respingou nas ações do Banco do Brasil (BBAS3) na sessão desta segunda-feira (22), em dia de queda generalizada na Bolsa.

Na última sexta-feira (22), o presidente indicou o general Luna e Silva para a presidência da Petrobras (PETR3;PETR4) após atritos com o atual CEO, Roberto Castello Branco, em relação à política de preços da petroleira.

O temor é que a interferência de Bolsonaro bata na estatal, que sofreu com possíveis intervenções no mês passado. No sábado, o chefe do Executivo já havia dito que “na semana que vem teria mais”.

Com isso, as ações do BB derreteram 11,65%, a R$ 28,83. Já o Ibovespa (IBOV) tombou 4,87%, a 112.667,70 pontos.

Segundo informações da jornalista Andréia Sadi, do G1, André Brandão, CEO do banco, seria o próximo a deixar o comando de uma estatal por decisão do presidente.

“A notícia é negativa na medida que expõe, mais uma vez, os riscos de ingerência política na estatal e coloca em xeque qualquer possibilidade do BB assumir uma gestão mais liberal no atual governo”, aponta a Ativa Investimentos em breve comentário.

Histórico pesa

O Banco do Brasil já foi alvo das ameaças do presidente Jair Bolsonaro. Em 13 de janeiro, os papéis do banco caíram 4,94% após uma possível saída do CEO ser ventilada pela imprensa.

O motivo seria o enxugamento de gastos, como o fechamento de agências e o programa de desligamento voluntário de funcionários, que teria desagradado o presidente Bolsonaro.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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