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Inter monetiza “muito mais” do que Nubank; carteira de crédito pode disparar 900% até 2025, diz BBA

07 jul 2021, 16:19 - atualizado em 07 jul 2021, 22:25
Inter
Para Itaú, existe uma demanda demanda reprimida por crédito dentro da base de clientes do banco, principalmente em cartões de crédito  (Imagem: Inter/Instagram)

O Banco Inter (BIDI11) ganhou novo fôlego com a proposta de reestruturação e o acordo com a Stone (STNE). A companhia não pretende ficar parada enquanto vê a concorrência ganhar cada vez mais espaço, como a compra de 40% do C6 Bank pelo JPMorgan ou a entrada do megainvestidor Warren Buffet no Nubank.

Após levantar R$ 5,5 bilhões em oferta de ações, o Itaú BBA elevou o preço-alvo do banco de R$ 68 para R$ 91 até 2022, potencial de alta de 16% em relação ao último fechamento.

Segundo a corretora, o follow on deverá impulsionar as operações de concessão de crédito, a principal chave para a monetização de sua base de clientes.

“Com o capital reforçado após a oferta de ações recente, estimamos que o Inter seja capaz de elevar sua carteira de crédito dos cerca de R$ 10 bilhões atuais para além dos R$ 100 bilhões em 2025”, aponta.

Para Itaú, existe uma demanda reprimida por crédito dentro da base de clientes do banco, principalmente em cartões de crédito, que tem penetração de apenas 15%.

A economia mais aquecida e um menor nível de poupança das famílias no segundo semestre podem elevar ainda mais esse apetite por crédito.

Inter vs Nubank

Segundo o BBA, Inter e Nubank têm seus méritos, mas o fato é que o Inter monetiza muito mais clientes, o valor de depósitos por cliente é superior e, principalmente, tem sua clientela em contas bancárias

“O banco já negocia a um prêmio em termos de valor/cliente de mais de US$ 1 mil, ante US$ 750 do Nubank, que acaba de levantar mais capital”, aponta.

No caso do Nubank, lembra, a maioria dos clientes possuem conta pagamento, produto com limitações de oferta de produtos e cujos depósitos não podem ser usados como capital na concessão de crédito.

Open Banking é janela de oportunidades

Na visão da corretora, o Inter está muito bem preparado para a segunda fase do Open Banking, que começa em 15 de julho e permitirá o compartilhamento de dados de clientes entre instituições financeiras.

“Como o Inter tem custos de operação e captação inferiores aos da indústria, o Open Banking deve ser um importante impulsionador de negócios e de aumento de participação de mercado para o banco digital”, diz.

Por volta das 16h15, as ações do Inter caiam 0,88%, a R$ 76,80.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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