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Investidor está saindo do Ibovespa e alocando na renda fixa e no exterior, mostra pesquisa da XP

30 set 2021, 15:07 - atualizado em 30 set 2021, 15:07

Investidores estão cada vez mais desgostos com os rumos que o Ibovespa (IBOV), principal índice acionário da Bolsa de Valores brasileira, têm caminhado nos últimos meses, deixando a euforia do início do ano cada vez mais distante no retrovisor.

Pesquisa realizada pela XP Investimentos junto a assessores de investimentos comprova o paladar amargo do mercado em setembro.

A alocação em renda variável acima da média histórica caiu para 18% dos clientes de varejo (investidores), o que representa uma queda de menos 6 pontos percentuais em relação ao mês passado, quando era 24%, e constitui como o menor valor da série histórica acompanhada pela corretora.

De acordo com os assessores de investimentos ouvidos pela XP, no mês de setembro o número de clientes que visam diminuir a alocação em renda variável subiu 13 pontos percentuais desde agosto para 51%, superando pela primeira vez desde o início da pesquisa o número de clientes que pretendem aumentar sua exposição.

No caso, investidores que querem aumentar a exposição à renda variável, especialmente em ações, é de apenas 10%, menos 6 pontos percentuais ante agosto) e clientes que pretendem manter seus investimentos nessa classe de ativos somam 39%, menos 7 pontos percentuais na comparação mensal.

E para onde vai o Ibovespa?

A maioria dos assessores de investimentos consultados pela XP, cerca de 45%, revelou que o Ibovespa ficará entre os 120 mil e 130 mil pontos ao final de 2021.

O sentimento em setembro evidencia uma piora em relação ao mês anterior, quando 49% dos assessores acreditavam que o Ibovespa ficaria entre os 130 mil e 140 mil pontos ao final do ano.

Segundo a corretora, a média de palpites calculada foi de 126.319 pontos, uma diminuição de 4,9% em relação ao mês de agosto — ante 132.831 pontos na pesquisa passada.

Em relação aos riscos à Bolsa de Valores brasileira, o destaque continuou sendo o risco político e fiscal no país chegando a 76%, apesar de uma queda de 6 pontos percentuais na comparação entre setembro e agosto.

A desaceleração econômica global foi vista como o segundo maior risco em 9%, seguido da alta da inflação em 7%.

E para onde estão indo os investidores?

A pesquisa elaborada pela XP, à qual o Money Times teve acesso, mostra que além da renda variável, investidores se mostram mais interessados nas seguintes classes de ativos:

i) Tesouro Direto e Renda Fixa (69%);

ii) Investimentos Internacionais (68%);

iii) Fundos de Renda Fixa (48%);

iv) Fundos Imobiliários (30%);

v) Fundos Multimercado (20%);

vi) Fundos de Renda Variável (13%); e

vii) Ouro (7%).

O destaque em setembro, de acordo com a XP, foi o aumento do interesse em Fundos de Renda Fixa em 8 pontos percentuais ante agosto, ao mesmo tempo em que houve uma queda mensal de quase 9 pontos percentuais no interesse em Fundos de Renda Variável.

“Mudanças podem ser explicadas por fatores como o aumento da taxa de juros Selic, tornando a Renda Fixa mais atrativa, bem como o movimento de queda na Bolsa por conta do aumento na percepção de riscos políticos e fiscais”, enfatizam Fernando Ferreira, Estrategista-Chefe e Head do Research da XP e Jennie Li, Estrategista em Ações da corretora.

Uma pequena porcentagem de 2% dos investidores se mostrou interessada em “Outros Ativos”, onde alguns indicaram interesse em criptomoedas e criptoativos.

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Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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