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IRB: Credit Suisse corta preço-alvo de R$ 7,50 para R$ 5, diante de cenário “desafiador”

30 set 2021, 10:23 - atualizado em 30 set 2021, 10:23
IRB
Caminho correto: para o Credit Suisse, a reestruturação do IRB toca nos pontos certos, mas demorará para surtir efeito (Imagem: Divulgação/ IRB)

O Credit Suisse cortou o preço-alvo do IRB (IRBR3) de R$ 7,50 para R$ 5, e reafirmou sua recomendação de underperform (desempenho esperado abaixo da média do mercado) para o papel.

Marcelo Telles, Alonso Garcia, Alonso Amador e Daniel Vaz, que assinam o relatório enviado aos clientes nesta sexta (30), citam o cenário “desafiador” enfrentado pela companhia para justificar o corte do preço-alvo.

Entre os desafios elencados pelo banco, estão a revisão das subscrições de apólices que, embora estejam crescendo, ainda devem pesar na lucratividade do IRB no ano que vem; a reestruturação mais lenta que a prevista; e as taxas de sinistralidade mais elevadas, combinadas com receitas menores, a partir de critérios mais rigorosos dos novos contratos.

Previsões

Com isso, o Credit Suisse estima que o IRB fechará 2021 com prejuízo líquido de R$ 45 milhões, passando para um lucro líquido de R$ 350 milhões no próximo ano. Apesar de voltar para o azul, o resultado implicará um ROE (Retorno sobre Patrimônio Líquido) de 8,7%, considerado “ainda baixo” pelos analistas.

O último componente para o rebaixamento do preço-alvo é o aumento do custo de capital para o acionista, puxado pelo maior risco-Brasil. Considerando-se um múltiplo de 1,6 vez Preço/Valor Contábil, o banco considera que “o valuation corrente já configura um significante aumento de lucratividade”.

“Nosso preço-alvo de R$ 5, por exemplo, embute um ROE de longo prazo de 16,5%, que já considera um incremento na taxa de sinistralidade para o patamar de 70% e uma maior contribuição de receitas financeiras”, explicam os analistas.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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