BusinessTimes

Jojo Wachsmann: Que comece o Ano Novo Lunar

11 fev 2021, 11:29 - atualizado em 22 fev 2021, 13:39
Camara
Ontem, a Câmara aprovou a autonomia do BC por 339 a 114 votos, rejeitando também todos os destaques ao projeto (Imagem: Michel Jesus/Câmara dos Deputados)

Bom diapessoal!

dia de ontem (10) foi um pouco esquisito, com mercados tentando resgatar aquele sentimento de rotação setorial para nomes ligados às commodities e ao setor financeiro — no Brasil,  contanto que não fosse tech ou ligado ao varejo, ajudava a segurar a queda do Ibovespa. No final, a performance da Bolsa em si foi muito pior que a do índice, por conta dos diferentes pesos das empresas no índice. Estávamos cansados desse reflation trade (as teses que se beneficiam com a inflação), que estressa nos mercados, e seria bom se ele não voltasse agora. As Bolsas abrem em alta na Europa, seguidas pelos futuros americanos. A ver…

  • retórica dos mercados

Ontem, a Câmara aprovou a autonomia do Banco Central (BC) por 339 a 114 votos, rejeitando também todos os destaques ao projeto. Ainda que seja um marco importante e o texto siga para a sanção presidencial, não ajudou ontem no humor dos mercados. A temática fiscal, problematizada com a instalação da Comissão Mista, a volta do auxílio emergencial e a redução de impostos, roubou a cena e serviu de justificativa para o movimento técnico de venda — a queda brutal das vendas do varejo em dezembro, muito pior do que o piso das expectativas, corroborou a visão de que a taxa de juros poderá ser mantida na próxima reunião do Copom, em março.

As três parcelas adicionais de R$ 200 representarão um custo para a União de algo em torno de R$ 20 bilhões, os quais, sem o devido lastro para financiar a medida, poderão se transformar em uma verdadeira dor de cabeça.  Ninguém aguenta mais essa constante dor de cabeça com o fiscal brasileiro. PEC do Orçamento de Guerra, PEC do Novo Pacto Federativo, reforma administrativa, reforma tributária… É muita coisa para pouco tempo. Pelo menos o Centrão mostrou sua força e deu ao governo sua primeira vitória depois de bastante tempo.

  • Pacotão fiscal e dados de emprego

À espera do pacote de Biden, NY embarcou em um movimento de rotation trade e realizou lucros no S&P e na Nasdaq — o Dow Jones, por sua vez, renovou máxima no fechamento. Hoje, os pedidos de auxílio-desemprego devem ser o foco dos mercados, principalmente porque o presidente do Federal Reserve enfatizou ontem que a extensão da capacidade ociosa no mercado de trabalho é uma das razões para manter a política acomodatícia; ou seja, liquidez no mercado tem sensibilidade com o mercado de trabalho americano — sim, isso afeta o Brasil.

Em recessões históricas do passado, podemos verificar movimentos parecidos: as partes do mercado de trabalho dos Estados Unidos que iam se recuperar rapidamente já se recuperaram. Há outros segmentos do mercado de trabalho, porém, que vão se recuperar, mas que precisam de menos restrições econômicas. Existem ainda setores de trabalho que enfrentam o chamado “desemprego estrutural”, em contraposição ao friccional. A pandemia acelerou mudanças estruturais no mercado de trabalho. Muitas delas vieram para ficar e são, portanto, irreversíveis.

Mercados Ásia Máscara Coronavírus
O mercado chinês ficará fechado por uma semana devido ao Ano Novo Lunar, reduzindo a liquidez global (Imagem: Reuters/Aly Song)
  • Ano Novo Lunar e Brexit, o retorno

É dado início ao feriado do Ano Novo Lunar na China, que fecha o mercado chinês por uma semana, reduzindo a liquidez global — a abertura oficial do feriado se dará na sexta-feira (lembre-se de que na Ásia já estamos na noite de quinta-feira). Enquanto isso, na Europa, o divórcio entre a União Europeia e o Reino Unido retoma suas discussões oficiais — você por acaso achou que havia terminado? Como comentamos ao final do ano passado, o acordo firmado era apenas um entre vários. O “hard Brexit” das decisões de hoje, inclusive da do final de 2020, é muito menos preocupante do que há quatro anos. Dessa vez, as negociações serão sobre a fronteira da Irlanda do Norte — ponto delicado de cisão entre os blocos. Ainda assim, os mercados devem se importar muito: agenda econômica e resultados corporativos são mais importantes.

  • Anote aí!

No Brasil, hoje, vale a pena acompanhar, além dos balanços que vêm sendo divulgados (hoje teremos Banco do Brasil, que poderá movimentar o setor financeiro e demais estatais listadas), o volume de serviços em dezembro, que deverá apresentar crescimento de 0,4% na comparação mensal — isso se a mediana servir para alguma coisa após a queda das vendas no varejo de ontem (-6,1%), que ficaram bem abaixo das estimativas.

Na Zona do Euro, a Comissão da União Europeia publica suas previsões econômicas, mas os dados provavelmente consolidarão as estimativas já firmadas (já no preço). Basicamente, a recuperação econômica deve se espalhar ao longo deste ano e do próximo.

Ainda no exterior, o setor petroleiro acompanha dois relatórios, da Agência Internacional de Energia, nos EUA, e da Opep, na Áustria. Sobre os EUA, como dissemos acima, investidores ficarão de olho nos pedidos de auxílio desemprego — a recuperação norte-americana estará mais concentrada neste ano.

  • Muda o que na minha vida?

Está bem, vocês ganharam. Vamos falar um pouquinho do caso de amor de Elon Musk com criptos. O bitcoin ultrapassou os US$ 45 mil depois que a Tesla revelou que investiu US$ 1,5 bilhão na moeda e espera começar a aceitá-la para pagamentos “em um futuro próximo”. O investimento em bitcoin dará à Tesla liquidez na criptomoeda, uma vez que comece a aceitar pagamentos e siga os comentários positivos de Elon Musk no mês passado sobre a criptomoeda — todo dia, o magnata posta alguma coisa relacionada ao tema no Twitter.

O bitcoin ultrapassou os US$ 45 mil depois que a Tesla revelou que investiu US$ 1,5 bilhão na moeda (Imagem: Freepik)

A jogada do bitcoin formaliza a estratégia de Musk e Tesla de mergulhar no mundo de bitcoin e criptografia. Há quem se pergunte também se a Apple pode ser a próxima grande empresa a comprar o ativo. A gigante da tecnologia pode desbloquear uma oportunidade de bilhões de dólares com alguns cliques, enquanto investe em chips da próxima geração — a Apple tem caixa de sobra para fazer isso, muito mais que a Tesla. Teremos tesoureiros corporativos trocando dólares por bitcoin.

Toda a dinâmica soa um pouco paradoxal. A iniciativa de Musk deveria ser no sentido de utilizar o bitcoin como moeda — sua empresa de automóveis o usará como método de pagamento sem fixar o preço dos carros em bitcoin. Contudo, a capacidade de um único indivíduo de movimentar enormemente o preço do ativo é detratora à tese de que a criptomoeda pudesse ser uma moeda com reserva estável de valor. Além disso, o que acontece com a retórica ESG da companhia? Criptos causam danos ambientais significativos sem criar qualquer melhoria nos padrões de vida. A ideia foi assunto incessante do mercado ao longo desta semana, mas não há unanimidade sobre ela ser positiva ou não.

Fique de olho!

Vitreo acaba de inovar mais uma vez ao trazer um fundo inédito para os investidores brasileiros.

Mas não se trata de um investimento “comum”.  A bola da vez está diretamente ligada à tese das tecnologias de ponta, aquelas disruptivas e que historicamente causam transformações de impactos globais.

Nomes como Elon Musk e Bill Gates estão envolvidos neste investimento, além das ações de uma grande empresa do setor ter retornado 110% nos últimos 11 meses. Ah! E é importante dizer: não é cripto!

O CIO da Vitreo, o Jojo, preparou um documento que explica tudo que você precisa saber, caso tenha interesse em ser um dos primeiros investidores do Brasil a ter este ativo em seu portfólio.

Basta clicar no botão abaixo.

[QUERO LER O DOCUMENTO]

9 bi and counting

Ontem a Vitreo alcançou mais um importante marco em sua história. Alcançamos o montante de 9 bilhões de reais sob custódia. E o mais legal é que faz menos de um mês que chegamos aos 8 bi. No dia 12 de janeiro estávamos comemorando o oitavo bilhão em nossas redes e comunicações. A primeira dezena de bilhões já está logo à frente.

Essa vitória é principalmente sua, que é nosso cliente. Contamos com você para tornar nossa plataforma cada vez mais prática, transparente e inovadora.

A Vitreo agradece!

Um abraço,

Jojo Wachsmann.

CIO e sócio fundador da Vitreo
Também conhecido como Jojo, George Wachsamnn é CIO e sócio fundador da Vitreo. Economista pela USP, com mestrado pela Stanford University e mais de 25 anos de experiência no mercado, passou pelo Unibanco (onde ajudou a montar a área de fundo de fundos) e anos mais tarde montou a Bawm Investments que foi mais tarde comprada pela GPS - a maior gestora de patrimônio independente do Brasil onde ele também trabalhou por anos, cuidando de fortunas. Jojo lidera a equipe de gestão e ajuda a viabilizar versões mais baratas de produtos antes disponíveis apenas para brasileiros de alto patrimônio. Ele “conversa” com todos nossos clientes semanalmente no Diário de Bordo, o update semanal da Vitreo sobre mercados e produtos.
Também conhecido como Jojo, George Wachsamnn é CIO e sócio fundador da Vitreo. Economista pela USP, com mestrado pela Stanford University e mais de 25 anos de experiência no mercado, passou pelo Unibanco (onde ajudou a montar a área de fundo de fundos) e anos mais tarde montou a Bawm Investments que foi mais tarde comprada pela GPS - a maior gestora de patrimônio independente do Brasil onde ele também trabalhou por anos, cuidando de fortunas. Jojo lidera a equipe de gestão e ajuda a viabilizar versões mais baratas de produtos antes disponíveis apenas para brasileiros de alto patrimônio. Ele “conversa” com todos nossos clientes semanalmente no Diário de Bordo, o update semanal da Vitreo sobre mercados e produtos.
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.