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Lucro da Engie supera em mais de 50% projeções de analistas

12 fev 2021, 16:19 - atualizado em 12 fev 2021, 16:29
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Segundo a corretora, a diferença pode ser explicada pelos efeitos não recorrentes positivos (mas sem efeito caixa) de R$ 868,9 milhões (Imagem: Divulgação/Engie Brasil)

O lucro líquido de R$ 1.029 bilhão da Engie Brasil (EGIE3) superou em mais de 50% o previsto pela XP Investimento, que esperava uma cifra de R$ 426,7 milhões.

Segundo a corretora, a diferença pode ser explicada pelos efeitos não recorrentes positivos (mas sem efeito caixa) de R$ 868,9 milhões.

Já o Ebitda, que mede o resultado operacional, ficou 9% acima do estimado pela XP, somando R$ 1,4 bilhão.

“O resultado refletiu uma maior margem de contribuição em comparação com nossas estimativas , o que consideramos uma performance positiva tendo em vista as condições hidrológicas deterioradas no trimestre”, argumenta.

Resiliência em cenário ruim

De acordo com a Ativa, a Engie demonstrou resiliência em meio a um cenério ingrato, que resultou na queda de 1,3% na energia vendida e não impactou mais profundamente suas receitas por conta do reconhecimento contábil de receitas.

“Excluído estes fatores, o desempenho foi mais fraco, o que corrobora nossa expectativa mais neutra para a recepção dos resultados pelo mercado”, afirma.

Recomendações

A XP manteve a recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 44 por ação. A Ativa também tem recomendação neutra e preço-alvo de R$ 49.

Oportunidade para investir

Após decisões recentes de reter parte dos lucros, a Engie tem cerca de 1,7 bilhão de reais em reservas, que em tese poderiam ser distribuídas aos acionistas a qualquer momento, a seu critério, disse o diretor financeiro, Marcelo Malta, em teleconferência realizada com investidores.

Esses recursos, no entanto, devem ser preferencialmente usados para novos empreendimentos ou aquisições, disse o CEO.

“À medida que nós não tenhamos projetos, ou que estejamos com endividamento muito baixo, é possível que a gente avalie sim uma distribuição adicional de dividendo… mas mantemos sempre o que chamamos de ‘hedge room’, um espaço para que a gente possa tomar decisões rápidas de investimento e volume”, afirmou Eduardo Sattamini.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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