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Lucro do Banco do Brasil (BBAS3) chegou ao limite, vê Safra; entenda os motivos

16 nov 2023, 13:25 - atualizado em 16 nov 2023, 13:25
Banco do Brasil
Os analistas esperam que o crescimento dos lucros do BB seja mais contido quando comparado aos seus pares privados (Imagem: REUTERS/Leonardo Benassato)

Contra tudo e contra todos, o Banco do Brasil (BBAS3) acumula disparada de 50% no ano. A ação iniciou 2023 com um pé atrás do mercado, principalmente por conta das dúvidas sobre os rumos do banco no governo Lula. Porém, os riscos não se materializaram e a estatal entregou resultados.

Mesmo assim, analistas acreditam que, talvez, após anos de crescimento, o BB tenha atingido o seu pico de lucratividade e retorno. Essa é a visão do Safra, por exemplo, que rebaixou a recomendação do papel de compra para neutra, com preço-alvo de R$ 59 nos próximos 12 meses, potencial de alta de 18%.

No relatório, o Safra sustenta que ao se avaliar as perspectivas atuais, o banco entregará crescimento limitado dos lucros em comparação com anos anteriores.

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“O principal risco ascendente para os grandes bancos abrangidos pela nossa cobertura reside numa redução do custo do risco à medida que os empréstimos inadimplentes são anulados, o que poderá ser seguido por
um aumento na originação de crédito não garantido”, explica.

Com isso, os analistas esperam que o crescimento dos lucros do BB seja mais contido quando comparado aos seus pares privados, o que também deve se estender até 2025.

O Safra calcula lucro de R$ 37 bilhões para 2024 (e ROE — retorno sobre o patrimônio — de 21%), alta de 5%, e de R$ 37.963 bilhões em 2025 (20% de ROE).

Além disso, lembra, o preço sobre valor contábil (P/BV) em relação aos bancos privados se valorizou fortemente nos últimos anos devido a uma percepção de maior lucratividade e ao fraco desempenho dos bancos privados, agora com um desconto de 38%, contra a média de 2016 a 2023 de 44% e acima de +1 padrão.

“Embora o banco continue a negociar com uma avaliação atraente de 0,85x P/BV, ao mesmo tempo que oferece um sólido rendimento de dividendos de 11% e potencial de alta de 18%, nossa perspectiva revisada e preço-alvo de R$ 59 são consistentes com uma classificação neutra, com preferência por bancos privados, que não assumem riscos adicionais em relação a ruídos políticos”, coloca.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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