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Lufthansa prepara-se para reunião sobre resgate com investidores

21 jun 2020, 14:07 - atualizado em 21 jun 2020, 14:07
Lufthansa Avião Setor Aéreo
A Lufthansa foi gravemente afetada pelo que deve ser uma prolongada queda de viagens por causa da pandemia de Covid-19, o que a forçou a buscar um resgate (Imagem: Reuters/Ralph Orlowski)

A Lufthansa tentará evitar que seja impedida de voar e que entre em insolvência, afirmou o executivo-chefe Carsten Spohr neste domingo, antes de uma reunião entre o principal acionista da companhia aérea e o governo alemão sobre os termos de um resgate de 9 bilhões de euros.

A Lufthansa foi gravemente afetada pelo que deve ser uma prolongada queda de viagens por causa da pandemia de Covid-19, o que a forçou a buscar um resgate.

O acionista bilionário Heinz Hermann Thiele se reunirá com o ministro da Economia na segunda-feira para discutir suas objeções ao resgate do governo, disse uma fonte próxima ao assunto à Reuters.

Como alternativa ao governo tendo participação direta na Lufthansa, Thiele propôs uma outra abordagem por meio do banco de desenvolvimento público alemão KfW.

Em uma carta aos funcionários, Spohr disse que a companhia aérea estava em discussões intensas com o governo e grandes acionas, cujo “objetivo claro era encontrar uma solução satisfatória para nossa empresa e todos os participantes antes de quinta-feira”, quando será realizada uma reunião extraordinária de acionistas.

Expressando a vontade de evitar que seja proibida de voar ou entre em insolvência, disse: “Tenho certeza que este é um objetivo que une todas as partes”.

A Lufthansa alertou semana passada que, se não conseguir a aprovação dos acionistas para o resgate, pode ser forçada a pedir proteção dos credores sob a lei de insolvência da Alemanha.

O resgate exige o apoio de mais de dois terços dos acionistas. Thiele, que tem 15,5% das ações da Lufthansa, é contra o estado alemão possuir 20% das ações e assentos no comitê fiscalizador.

Spohr afirmou que os acionistas representando 38% do capital da empresa registraram-se para a votação dos acionistas, dando a Thiele um poder de veto prático, caso ele não apoie o acordo proposto.

A Lufthansa pagará os salários de junho na segunda-feira, disse Spohr, em uma carta.

A Lufthansa e o ministro da Economia da Alemanha recusaram-se a comentar sobre a reunião. Thiele não foi encontrado para comentários.

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