Brasil

Lula volta a criticar Campos Neto após BC manter Selic em 13,75%; confira

04 maio 2023, 13:23 - atualizado em 04 maio 2023, 13:23
Lula
Presidente Lula durante primeira sessão do Conselhão, em Brasília (Imagem: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ironizou, nesta quinta-feira (4), a condução da política monetária no país. “Todo mundo aqui pode falar de tudo, só não pode falar de juros”, disse em tom sarcástico.

Lula ainda criticou o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, dizendo que apenas um homem não pode “saber mais que a cabeça de 215 milhões de pessoas”. As críticas foram feitas após o BC manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano.

Na avaliação de Lula, não só o patamar do juro básico está elevado, como também falta espaço para um diálogo sobre a condução da Selic. Desde que voltou à Presidência, o petista é crítico à autonomia do Banco Central.

Do outro lado, Campos Neto defende que as decisões da autoridade monetária são estritamente técnicas. Em comunicado nesta quarta-feira (3), o BC afirmou que a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária.

As declarações de Lula foram feitas durante a primeira reunião plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (CDESS), o chamado Conselhão, no Palácio do Itamaraty, em Brasília.

Presidente do PT critica Copom por manter Selic em 13,75%

Na noite desta quarta-feira (3), a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, já havia criticado a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, pela manutenção da Selic em 13,75% ao ano.

Embora a decisão de hoje não tenha sido uma surpresa, ela desagrada o governo.

Nas redes sociais, Hoffmann associou a condução da política monetária feita pelo BC ao desemprego e à falência de empresas. “A vacina sempre esteve ao alcance do Copom, mas insistem nos juros genocidas. Até qdo (sic) ficarão impunes?”, escreveu.

Repórter
Jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.
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Jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.
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