Mastercard ignora incertezas econômicas com resiliência em gastos do consumidor
A Mastercard superou as estimativas de lucro trimestral nesta quinta-feira, uma vez que a demanda por viagens se manteve forte em meio a uma economia turbulenta, e aposta em uma resiliência nos gastos do consumidor ao longo do ano.
As taxas de juros cada vez mais altas e a inflação persistente tiveram pouco impacto sobre os consumidores mais ricos, que continuam gastando com viagens e entretenimento, elevando o volume de transações nas processadoras de pagamentos.
“Os gastos do consumidor permaneceram notavelmente resilientes, apesar da contínua incerteza econômica”, disse o presidente-executivo da empresa, Michael Miebach, em uma teleconferência com analistas, acrescentando que, embora haja sinais de arrefecimento da inflação, o setor bancário está sob pressão.
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A demanda reprimida dos consumidores também ajudou a Mastercard, impulsionando um aumento de 35% nos volumes internacionais – um indicador da demanda por viagens que rastreia os gastos com cartões fora do país de emissão.
Os volumes brutos em dólares, uma métrica que representa o valor total em dólares de todas as transações processadas, subiram 15% em moeda local para 2,1 trilhões de dólares.
A Mastercard disse que espera uma alta de cerca de 12% a 13% na receita no segundo trimestre, quase que em linha com as expectativas de Wall Street.
Na base ajustada, a Mastercard lucrou 2,80 dólares por ação no trimestre, superando as estimativas de 2,72 dólares por ação, segundo dados da Refinitiv.
A receita líquida aumentou 11%, para 5,7 bilhões de dólares, superando as expectativas de 5,64 bilhões de dólares.