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Méliuz (CASH3): O que agrupar e desdobrar ações muda para a companhia? E para o investidor?

28 mar 2023, 14:23 - atualizado em 28 mar 2023, 14:23
Meliuz
Ações da Méliuz lideram as quedas do Ibovespa nesta terça-feira (28) (Imagem: Dropbox)

Os investidores da Méliuz (CASH3) podem esperar diminuição na liquidez das ações. É o que afirma o analista da Benndorf, Niels Tahara, ao afirmar que a proposta de agrupamento e desdobramento de ações, anunciada na segunda-feira (27), pode reduzir o número de papéis em circulação.

Apesar do baque na liquidez, o analista destaca que agrupar ou desdobrar ações não afeta diretamente os fundamentos da companhia. “Os fundamentos estão ligados aos aspectos financeiros e operacionais que a sustentam a longo prazo”, diz o analista.

A Méliuz propôs o agrupamento de ações na proporção de uma para cem e o desdobramento de uma ação para dez. O movimento foi realizado com o objetivo de reduzir o custo administrativo, uma vez que muitos investidores possuem menos de um lote de ações — equivalente a cem ações.

No pregão desta terça-feira (28), após o anúncio, as ações CASH3 lideravam as quedas do Ibovespa. Por volta das 14h, os papéis recuavam 3,96%, valendo R$ 0,97.

Tahara, no entanto, explica que o impacto da proposta é “neutro” no papéis. O movimento de queda, segundo ele, está associado a uma correção e a continuidade de um “cenário desafiador”, principalmente para empresas de tecnologia que necessitam de bastante capital para sustentar o crescimento.

O que monitorar em Méliuz?

Para os analistas do UBS BB, o destaque para a Méliuz é a aliança estratégica com o Banco Votorantim (BV). A parceria foi anunciada em dezembro e teve os termos discutidos na última semana.

O analista da Benndorf também afirma que a aquisição do BV é o fator mais relevante, uma vez que possibilitaria a companhia expandir seus serviços sem maiores pressões no caixa.

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“O desafio para a companhia ainda é grande, dado o aumento da concorrência, o fim da grande liquidez no mundo e o pior momento macroeconômico”, diz. Devido ao cenário desafiador, Tahara recomenda ficar fora da posição em CASH3.

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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