Mercados

Mercado Livre (MELI) tem salto de 7% em NY e vira ‘teflon’ contra sangria de Americanas (AMER3)

12 jan 2023, 16:08 - atualizado em 12 jan 2023, 19:25
Mercado Livre
Ações da empresa argentina têm salto de 7% no pregão de Nova York, em meio à sangria da varejista brasileira

É o Mercado Livre (MELI; MELI34) que desponta como provável vencedor em maio ao caos do varejo brasileiro, deflagrado pelo escândalo de uma inconsistência contábil de R$ 20 bilhões na Americanas (AMER3), E o investidor pode já ter percebido.

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Por volta das 15h39, as ações da empresa argentina, listadas na Bolsa de Nova York, disparavam mais de 7%.

Na análise de Fernando Ferrer, da Empiricus Research, o Mercado Livre deve se provar um papel ‘teflon’, no que tange à crise de desconfiança instaurada pela Americanas e que pode afetar colateralmente Magalu (MGLU3) e Via Varejo (VIIA3).

Isto, porque o Mercado Livre “além de ser reconhecidamente a melhor empresa do setor de e-commerce, possui uma atuação diferente das varejistas nacionais”, analisa Ferrer. Ele se refere ao modelo 3P (third party seller) empregado pela empresa argentina, em contraste ao 1P (one-party seller) das Americanas.

Meli tem operação diferente, mas pode arrecadar espólios de Americanas

O termo ‘1P’ define um modelo em que o comerciante vende o produto para a plataforma de marketplace, que realiza tanto a venda como a entrega.  Já o ‘3P’  que o varejista realiza todo o processo de venda e entrega, cabendo ao marketplace somente a divulgação dos anúncios.

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Desta forma, o tipo de problema contábil na linha de fornecedores que ocorreu para a Americanas, não poderia ter espaço no modelo de negócio dos argentinos.

Sobre a possibilidade da empresa argentina se aproveitar do momento para ampliar ainda mais a sua dominância no mercado,  Vitório Galindo, head de análise fundamentalista da Quantzed, diz: “Mercado Livre tem vantagem por não se associar diretamente a fornecedores e pode, de certa forma, assumir o espólio da Americanas, mas dentro do 3P. Mas ainda é muito cedo para cravar uma tendência dentro do setor de varejo [a partir dessa crise]”.

A exemplo do que acontece na Argentina e México, o Mercado Livre se tornou a força dominante no mercado brasileiro de e-commerce 3P, com um market share que pode chegar a 33%, de acordo com o Itaú BBA.

Mercado Livre é ‘top pick’ do Itaú BBA; expectativas são altas para números do 4T22

Mercado Livre (Meli) conserva seu status de ‘top pick’ do e-commerce, segundo o Itaú BBA. A recomendação de “outperform” (compra) da casa reflete o forte desempenho da empresa no terceiro trimestre do ano, superando suas principais competidoras.

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O Meli reportou aumento da lucratividade de suas operações entre julho e setembro, ainda que este esteja condicionado a um aumento de investimentos da empresa e queda das taxas de juros para a fintech Mercado Pago.

O valor justo projetado para o Mercado Livre pelo Itaú BBA é de US$ 1.260/ação para 2023, implicando um potencial crescimento de 31%.

No Brasil, o total de mercadorias vendidas (GMV, na sigla em inglês) na plataforma de e-commerce para 2022 deve atingir R$ 79 bilhões. Para 2023, a previsão é de que esse número chegue a R$ 91 bilhões.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
jorge.fofano@moneytimes.com.br
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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