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Metaverso: Quais são as oportunidades de trabalho dentro do ambiente?

14 fev 2022, 16:53 - atualizado em 14 fev 2022, 16:53
Metaverso empresas
Quais são as oportunidades de gerar renda relacionadas ao metaverso? Conheça alguns empregos dentro e fora desse ambiente virtual. (Imagem: Pixabay)

O metaverso é, para muitos analistas, um ambiente virtual capaz de gerar interação social e produzir valor por meio da escassez digital.

A facilitação dessa interação acontece pela conexão de uma carteira virtual com seu endereço, o que permite que você seja realmente dono de ativos escassos, sejam eles monetários ou não. Tudo, dentro do metaverso, é garantido pela validação de um blockchain.

O funcionamento desse ambiente tem  semelhanças com um Estado, onde a moeda de troca é a fiduciária, mas a diferença é que a confiança de que esse dinheiro tem valor vêm do governo, e não de um código aberto. No metaverso as transações podem ser feitas com criptomoedas, validadas pelo blockchain.

É a partir disso que a economia desse ambiente aquece ou esfria, com pessoas usando o espaço para gerar valor e, é claro, lucrar.

Os empregos criados (e reinventados) no metaverso

Após a popularização do conceito, a pergunta que não quer calar é se realmente será possível trabalhar nesse ambiente, e, se a resposta for positiva, quais serão as possíveis oportunidades de emprego.

Bruno Hora, investidor e Cofundador da InvestSmart, diz que o fato das grandes marcas terem o desejo de crescer nesse ambiente gera uma necessidade de novos especialistas. E até mesmo de cargos. 

“Um bom exemplo é a Nike contratando um diretor de metaverso, um cargo que não existia seis meses atrás. No mundo real foram criados muitos novos empregos com foco no virtual”, afirma Hora. 

Na opinião do investidor, essa categoria de profissão vai crescer muito no metaverso. Segundo ele, os programadores também estão em alta, mas os analistas de marketing são os que mais se destacam. 

“Fashion designers, tudo que envolve moda, entretenimento e fitness são ideias que estão um pouco mais maduras no metaverso”, diz. 

Mas para Ana Paula Rabello, contadora e especialista em ativos digitais, novos empregos também irão surgir. 

“Conforme a migração ou incursão de negócios nascidos na vertente real acontece, a tendência é que o modelo econômico do metaverso tenha uma complexidade cada vez maior”, afirma.

Rabello cita a Axie Infinity como exemplo. Segundo a especialista, “já é possível observar as variáveis macroeconômicas afetando a sustentabilidade do ecossistema”.

Segundo ela, a estrutura cresceu tanto a ponto de ser um negócio estruturado em mundo virtual, com consequências econômicas “gigantescas” e “problemas econômicos complexos”, que atualmente procura se autocorrigir para conter a inflação em sua base, o que afeta a usabilidade, os recursos e as estratégias de continuidade.

Dito isso, Rabello conclui que a cada metaverso que vemos se estruturando, vemos também uma base econômica gigantesca em seu entorno. 

No momento em que se inaugura uma loja no metaverso, segundo a especialista, surgem avatares para a cadeia produtiva, assim como quando um jogo lança uma nova versão, mais empregos são gerados.

“Tomando de exemplo os mais estruturados, vemos mineradores, motoristas, piloto de nave, jogadores, gerentes, e eu já vi até biólogo estudando e montando cruzas mais eficazes no breed [cruzamento dos monstrinhos de Axie Infinity]. Na minha opinião, as possibilidades são incalculáveis”, finaliza.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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