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Minerva (BEEF3) é condenada a pagar R$ 1,4 mi por maus tratos no transporte de 30 mil bois no Porto de Santos

22 jun 2023, 9:59 - atualizado em 22 jun 2023, 10:02
Boi gordo minerva
Animais do frigorífico foram submetidos a situação degradante, extenuante e cruel durante o transporte, além de longa viagem (Imagem: Reprodução/ Minerva)

A 4ª Vara Cível de Santos condenou a Minerva Foods (BEEF3) a pagar R$ 1,391 milhões por danos ambientais decorrentes de maus tratos de animais — gado bovino — durante o transporte terrestre no Porto de Santos em 2018.

Na ação judicial, o Ministério Pública de São Paulo descreve que 29.975 bois foram submetidos a situação “degradante, extenuante e cruel” durante o transporte, acondicionados em espaço muito confinado, sem ventilação, durante muitas horas e sem a higiene adequada, além de outras situações descritas na petição inicial.

Vale destacar que o frigorífico designou uma transportadora para realizar o transporte dos animais. Na sentença, por outro lado, o magistrado condena a Minerva pela responsabilidade na contratação.

Além disso, os bois “foram submetidos a longa viagem, pois os caminhões levaram entre dez e treze horas para chegar ao Porto de Santos”, conforme descrito na ação.

Por fim, a ação ainda cabe recurso por parte da Minerva.

Posição da Minerva

Assim, em nota enviada por sua assessoria ao Money Times, a Minerva disse:

Não comentamos casos jurídicos em andamento. As práticas de exportação de gado vivo em nossa empresa sempre respeitaram a legislação vigente para essa atividade, tanto no Brasil quanto nos países importadores, em relação aos procedimentos técnicos, sanitários e operacionais, incluindo o transporte seguro dos animais. As regras legais sempre foram cumpridas.

Adotamos os mais rigorosos critérios em relação ao manejo dos animais em nossas atividades, privilegiando sempre o bem-estar animal, e realizamos treinamentos constantes com profissionais atuantes em todas as etapas da cadeia de exportação de gado vivo, além de diversos encontros com os pecuaristas para compartilhar conhecimento, trocar experiências, novas tecnologias e principalmente melhores práticas no manejo.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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