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Moedas flexíveis de emergentes podem ajudar economias em crise

04 jun 2020, 16:18 - atualizado em 04 jun 2020, 16:18
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A queda de muitas moedas de países em desenvolvimento fez com que parecessem mais subvalorizadas para investidores, fornecendo um amortecedor contra o impacto do crescimento mais lento causado pela pandemia (Imagem: Reuters/Bruno Domingos)

Moedas de mercados emergentes negociadas livremente podem ajudar economias a evitar alguns dos efeitos econômicos causados pela pandemia e pela desaceleração do crescimento global, segundo o Instituto de Finanças Internacionais (IFI).

“No contexto do Covid-19 e da elevada incerteza global, o argumento para taxas de câmbio flexíveis é reforçado”, disseram os economistas Robin Brooks e Jonathan Fortun em relatório na quinta-feira.

“Há sinais crescentes de que desvalorizações reais ajudam a proteger exportadores e importadores de commodities, com a melhora das posições em conta corrente do Brasil, Turquia e África do Sul.”

A queda de muitas moedas de países em desenvolvimento fez com que parecessem mais subvalorizadas para investidores, fornecendo um amortecedor contra o impacto do crescimento mais lento causado pela pandemia, escreveram os economistas.

Esse não é o caso de países que atrelam sua moeda diretamente ao dólar, como a Arábia Saudita, regimes semiatrelados, como o do Egito e economias dolarizadas, como a do Equador, segundo o IFI. Esses países tiveram deterioração constante em suas posições em conta corrente, escreveram os economistas.

Uma mudança em direção a uma maior flexibilidade das taxas de câmbio é um risco para moedas atreladas ao dólar, especialmente quando operadores buscam segurança, sustentam a moeda americana e valorizam as taxas de câmbio efetivas reais de outros regimes atrelados ao dólar.

As supervalorizações se tornam mais severas para países que não permitem a oscilação de suas moedas, escreveram Brooks e Fortun.

“Essas apreciações têm profundas consequências em termos de crescimento”, escreveram. O Equador tinha desempenho inferior ao restante da América Latina mesmo antes da pandemia e “o quadro é igualmente negativo para o Líbano e o Egito“.

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