Política

Moraes determina investigação sobre vazamento de informações envolvendo pagamentos de despesas de Michelle

28 set 2022, 17:04 - atualizado em 28 set 2022, 17:04
Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro
A menos de uma semana do primeiro turno, a revelação irritou bastante Bolsonaro, que é candidato à reeleição (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de uma investigação para apurar o vazamento de informações de um inquérito da Polícia Federal sobre pagamentos suspeitos de despesas da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, conversas do ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, com outros funcionários da Presidência sugerem a existência de depósitos fracionados e saques em dinheiro para as transações.

Haveria a indicação de que as movimentações financeiras se destinavam a pagar contas pessoais da família presidencial e de pessoas próximas a Michelle.

A menos de uma semana do primeiro turno, a revelação irritou bastante Bolsonaro, que é candidato à reeleição.

Em live realizada na terça, o presidente acusou Moraes de ter sido o responsável pelo vazamento e disse que ele “ultrapassou todos os limites” ao envolver a primeira-dama.

Moraes, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou a abertura de um procedimento administrativo sigiloso, conduzido pelo juiz do seu gabinete Airton Vieira, para apurar o caso.

O ministro não respondeu às acusações de Bolsonaro.

No despacho divulgado nesta quarta-feira, o ministro do STF pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o delegado da PF que atua no caso, Fábio Alvarez Shor, prestem informações sobre acesso a decisões e relatórios produzidos nos autos, bem como das datas de manifestações na investigação.

Em tese, essas investigações podem levar ao afastamento do delegado da PF ou de eventual outro servidor que tenha vazado informações, assim como a responsabilização criminal de responsáveis.

Na live de terça, Bolsonaro negou qualquer tipo de irregularidade. Ele disse que as movimentações nas contas dos auxiliares giraram em torno de 12 mil reais e serviam para pagar despesas como a escola da filha e uma tia de Michelle que cuidava da menina.

Ele disse que não houve qualquer uso do cartão corporativo para pagar essas despesas.

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