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Nada substitui o escritório, diz CEO da Standard Life Aberdeen

12 nov 2020, 14:45 - atualizado em 12 nov 2020, 14:45
Mercados
Muitas empresas financeiras ficaram surpresas com a tranquila transição para o trabalho em casa neste ano, quando a pandemia de coronavírus fechou centros urbanos e levou trabalhadores a evitarem o transporte público (Imagem: Pixabay)

O novo diretor-presidente da Standard Life Aberdeen deixou clara sua postura sobre o trabalho em casa: não há nada como o escritório.

Com a maioria dos quase 4,5 mil funcionários da gestora de ativos do Reino Unido atualmente em trabalho remoto, o CEO Stephen Bird sinalizou que as equipes não deveriam se acostumar muito aos escritórios improvisados.

Embora algum aspecto da flexibilidade provavelmente faça parte do futuro da empresa, ele não está convencido de que seja a resposta para uma melhor produtividade.

“Você não pode mudar o mundo de casa”, disse Bird, de 53 anos, em entrevista. “É uma mentira absoluta. É pensamento preguiçoso, falta coragem e é prejudicial para a próxima geração.”

Muitas empresas financeiras ficaram surpresas com a tranquila transição para o trabalho em casa neste ano, quando a pandemia de coronavírus fechou centros urbanos e levou trabalhadores a evitarem o transporte público.

Alguns veem a mudança como mais permanente: Standard Chartered e a Schroders, rival da Standard Life Aberdeen, planejam oferecer opções de trabalho flexíveis.

Bird não está sozinho em seu ceticismo. O Deutsche Bank publicou recentemente uma pesquisa segundo a qual trabalhar em casa é um privilégio que funcionários devem pagar para ajudar a subsidiar aqueles que não podem trabalhar remotamente.

Os críticos também citam preocupações com a saúde mental, colaboração e treinamento da geração mais jovem.

“Há muitos funcionários que precisam e querem absolutamente entrar e colaborar, inovar e sair de casa”, disse Bird. “Pense na próxima geração de talentos. Pense em como todos nós aprendemos.”

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