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Natura (NTCO3): 3 motivos para não comprar as ações agora, segundo BTG

16 set 2022, 15:37 - atualizado em 16 set 2022, 17:50
Natura
BTG rebaixa recomendação das ações da Natura para “neutro” (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

O BTG Pactual listou três motivos que o fizeram rebaixar a recomendação de Natura (NTCO3) de “compra” para “neutro”:

  • números abaixo do esperado nos últimos trimestres;
  • dificuldades para reativar vendas em Avon e The Body Shop; e
  • curto prazo desafiador.

O banco ainda cortou o preço-alvo das ações para R$ 18 ao final de 2022 — o que implica uma potencial alta de 20%, com base no último fechamento (16).

Além disso, os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli, Victor Rogatis e Luiz Temporini revisaram as estimativas de receita líquida e Ebitda da Natura em 14% e 21%, em média, para os próximos quatro anos.

Nesta sexta-feira (16), após afirmar que não estuda a cisão da Aesop ou venda da The Body Shop, NTCO3 fechou o pregão em queda de 10,47%, cotado a R$ 14,96.

Por que não comprar Natura?

Após um período de resultados animadores em 2020 — quando a Natura fez dois aumentos de capital, fortalecendo o caixa e reduzindo a alavancagem financeira e a dívida em dólares —,  os balanços dos últimos trimestres da companhia foram decepcionantes.

De acordo com os analistas, a empresa registrou números abaixo do esperado na maioria de suas unidades de negócios. Além disso, dizem, enfrenta dificuldades para reativar as vendas da Avon — na América Latina e, principalmente, internacionalmente — e na The Body Shop, enquanto o câmbio menos favorável e a inflação global pressionaram os custos.

Com o anúncio do novo CEO global, Fabio Barbosa, a Natura também mencionou sua intenção de fazer a transição para uma estrutura de holding mais simples, “após um período de aquisições e um complexo processo de integração”, avaliam os especialistas do BTG.

Mais detalhes sobre a nova estrutura potencial não foram fornecidos, mas o foco para os próximos trimestres mudou para melhoria de margem e geração de caixa.

“Apreciamos os esforços para simplificar sua estrutura em meio a um cenário adverso e reconhecemos que o potencial desinvestimento de ativos pode ser um importante gatilho para desbloquear valor. Mas esta ainda é uma opção binária, com incerteza sobre o momento e a avaliação de tais movimentos”, explicam.

Além disso, em termos de fundamentos, os analistas afirmam que o curto prazo deve seguir desafiador, com margens pressionadas e receita fraca, enquanto a perspectiva de juros altos e a alavancagem da Natura oferecem pouco espaço para uma melhoria nos resultados.

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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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