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NFTs: Vendas na Ethereum são inversamente correlacionadas ao mercado cripto; entenda

15 mar 2022, 13:24 - atualizado em 15 mar 2022, 13:24
Em fevereiro, Nansen divulgou 6 índices que rastreiam os NFTs (Imagem: Freepik/starline)

Em fevereiro, a empresa de análises cripto Nansen divulgou seis novos índices para rastrear o mercado de tokens não fungíveis (NFTs), segundo o Decrypt.

Os seis índices da companhia dividem o mercado em subdivisões.

São eles: “NFT 500” (semelhante ao S&P 500), “Blue Chip-10” (indica as dez maiores coleções de NFTs em capitalização de mercado); “Social 100” (inclui NFTs de imagens de perfil, como Bored Ape Yacht Club e World of Women); “Art”; “Social” e “Metaverse”.

Segundo o Decrypt, a empresa de análise cripto, ao usar esses rastreadores, identificou correlações entre as diferentes coleções de NFTs e o mercado cripto.

Na liderança do mercado cripto

A seção dos tokens não fungíveis é, atualmente, a mais otimista do mercado cripto.

Se, por um lado, outras seções do mercado cripto foram afetadas pela correção nos últimos tempos, os NFTs dispararam positivamente.

Quando denominado em ether (ETH), o desempenho anual acumulado dos NFTs foi de 90,9%, enquanto que, na denominação em dólar, a métrica foi de 35,9%.

Desde o início do ano, as duas maiores criptomoedas do mercado, bitcoin (BTC) e ether, caíram cerca de 17% e 31%, respectivamente, de acordo com dados do CoinMarketCap.

Segundo o Decrypt, outra descoberta interessante indicada pelos dados do acumulado do ano do índice NFT 500, da Nansen, é que o preço dos NFTs, em ETH, tem uma correlação inversa com o mercado cripto à vista.

A black and white chart showing correlations between assets.
O gráfico acima apresenta a correlação entre NFTs e outros ativos (Imagem: Nansen)

Dados da Nansen mostram que o índice NFT 500, em ETH, tem uma correlação de -0,46 com o bitcoin. Já em relação ao ether, o mesmo índice tem uma correlação de -0,6.

O coeficiente de correlação é um número que varia entre -1 e 1.

Quanto mais próximo de 1 estiver o valor do coeficiente, o que indica uma correlação positiva, isso indica que as duas variáveis têm a tendência a seguir na mesma direção.

Quanto mais próximo de -1 estiver o valor do coeficiente, o que indica uma correlação negativa, isso indica que as duas variáveis se movimentam em direções opostas.

De acordo com o Decrypt, ao analisar o preço dos NFTs com denominação em dólar, há uma correlação positiva entre os dois.

Sobre isso, a Nansen afirmou que o motivo por trás da discrepância é, principalmente, a volatilidade.

Segundo Louisa Choe, analista de pesquisa da Nansen, “quando os NFTs são precificados em dólar, o desempenho deles também varia bastante. Isso acontece devido à volatilidade na taxa de corretagem entre ETH/USD. Como resultado, os coeficientes de correlação também são diferentes”.

“Esse pode ser um fator importante para os investidores, no momento de decidir se a denominação de seus portfólios será em criptomoedas ou moedas fiduciárias”, acrescentou Choe.

Quais tipos de NFTs tiveram os melhores desempenhos?

De acordo com o Decrypt, as categorias que tiveram o melhor desempenho foram os NFTs de arte e sociais.

Os tokens da subdivisão “Social” representam 30%, ou US$ 12,8 bilhões, da capitalização de mercado de quase US$ 41 bilhões do mercado de tokens não fungíveis, segundo um relatório da Chainalysis publicado no início deste ano.

Os NFTs da subdivisão “Art” geraram retornos de 191,8%, quando denominados em ETH, e de 108,1%, com a denominação em dólar.

Já os NFTs do índice Social-100 deram retornos de 114,8%, quando denominados em ether, e de 53,2%, em dólar.

Segundo o Decrypt, em relação à volatilidade diária, os NFTs de arte estão na liderança.

Essa categoria de tokens não fungíveis tem uma volatilidade diária de 36%, quando o preço é em ETH, e de 37,3%, com o valor em dólar. Já os NFTs de metaverso e sociais são os menos voláteis, com porcentagens abaixo dos 10%.

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Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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