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O fator que fez Genial começar a ver o Ibovespa acima dos 150 mil pontos em 2024 (e mais dois pontos que merecem destaque)

27 dez 2023, 20:13 - atualizado em 27 dez 2023, 20:13
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Ibovespa deve chegar a 151.250 pontos até o fim de 2024, segundo Genial (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A Genial Investimentos passou a projetar o Ibovespa a 151.250 pontos até o fim de 2024. Em relatório de atualização, a corretora explica que a revisão para cima do índice vem após a recente mudança de postura do Federal Reserve (Fed).

Na última reunião de política monetária de 2023, autoridades dos Estados Unidos não só mantiveram a taxa de referência de juros do país na faixa de 5,25-5,50%, como também sinalizaram a possibilidade de início de cortes em 2024.

Jerome Powell, chairman do Fed, em seu habitual discurso pós-reunião, também sinalizou que os juros americanos atingiram o pico.

Rali de IBOV e dois pontos para ficar de olho

O Ibovespa está em sua máxima histórica. Nesta quarta-feira (27), rompeu o patamar dos 134 mil pontos.

Segundo a Genial, existem dois pontos relacionados ao índice que merecem destaque.

O primeiro é que, mesmo após o forte rali, a Bolsa brasileira ainda apresenta um cenário de desconto em relação ao seu múltiplo projetado para os próximos 12 meses, quando comparado à sua média histórica.

“Essa situação de desconto indica que, apesar dos recordes recentes, o mercado acionário brasileiro ainda pode oferecer oportunidades de valor para os investidores”, diz.

Pelos cálculos da Genial, o Ibovespa é negociado a 8,3 vezes P/L (Preço/Lucro) projetado para os próximos 12 meses, contra média histórica de 11 vezes.

Considerando as ações do Ibovespa (e excluindo PetrobrasPETR3;PETR4 – e ValeVALE3), o índice é negociado a 10,7 vezes P/L projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica de 12,2 vezes. Ou seja, está descontado em 13% sobre sua média.

Enquanto isso, o earnings yield do Ibovespa segue acima da sua média histórica, com taxa de retorno superior a média de retorno dos juros da NTN-B de 10 anos.

“Mais um sinal de atratividade da Bolsa brasileira”, afirma a corretora.

O segundo ponto é a volta do investidor gringo.

“Nas últimas duas semanas, a B3 atraiu um influxo expressivo de R$ 11,3 bilhões de capital estrangeiro, refletindo a confiança dos investidores internacionais no potencial de crescimento do mercado acionário do Brasil”, destaca.

Por outro lado, o investidor local (pessoa física e investir institucional) seguiu sentido contrário, levando a uma retirada de R$ 6,1 bilhões nas últimas semanas pelo institucional, enquanto pessoas físicas apresentaram uma saída de quase R$ 3 bilhões.

Pensando no curto prazo, a Genial avalia que a assimetria parece mais favorável para alocações em empresas de menor capitalização, também conhecidas como small caps.

“Essas empresas, muitas vezes, oferecem maior potencial de valorização em comparação com empresas de grande capitalização, especialmente em um contexto de mercado em alta”, levantam os analistas.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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