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O que pensam banqueiros e ‘figurões’ do mercado sobre as criptomoedas?

12 out 2022, 18:00 - atualizado em 11 out 2022, 16:54
Criptomoedas
Tim Cook, CEO da Apple, mudou se opinião quanto às criptomoedas nos últimos anos. (Imagem: REUTERS/Mario Anzuoni)

O fato de CEO e fundadores de empresas ligadas ao mundo de criptomoedas apoiarem o setor não é surpresa para ninguém.

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No entanto, quando o assunto são empresas do mercado tradicional, como bancos e empresas de tecnologia, o cenário – e as opiniões – podem ser diferentes e até mesmo conflitantes.

Confira abaixo o que pensam CEOs e “figurões” de grandes empresas do mercado tradicional sobre o mundo das criptomoedas.

CEO da Apple

Atual CEO da Apple (AAPL; AAPL34), Tim Cook se pronunciou poucas vezes sobre as criptomoedas e o metaverso. Porém, ele aparenta ter mudado de opinião ao longo do tempo em relação aos ativos digitais.

Em 2018, Cook se mostrou contra a produção de moedas que não seja feita pelo Estado e disse não acreditar em dinheiro descentralizado. Porém, no final de 2021, o CEO da Apple afirmou ter algumas criptomoedas.

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Ao divulgar os resultados da empresa durante o primeiro trimestre deste ano, ele afirmou que a gigante de tecnologia está investindo no potencial do metaverso.

Segundo o CEO da companhia, existem mais de 14 mil aplicativos na ARKit – plataforma da companhia para o desenvolvimento de aplicativos de realidade aumentada – na App Store. Cook acrescentou que “vemos muito potencial neste espaço, e estamos investindo [nele] adequadamente”.

Na época, após os resultados e comunicado sobre investimentos no metaverso, as ações da empresa saltaram mais de 5%.

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Cofundador da Apple

Cofundador da gigante de tecnologia, Steve Wozniak é conhecidamente um defensor da maior criptomoeda em capitalização de mercado – o bitcoin (BTC).

Neste ano, Wozniak afirmou que o mecanismo por trás do bitcoin é o único “com matemática de ouro puro”, e chegou a afirmar anteriormente que a criptomoeda é um “milagre matemático”.

Em outro momento, também enalteceu a “pureza matemática” da criptomoeda e o fato de que ela “não pode ser facilmente modificada, com seres humanos no controle”.

Embora defenda o bitcoin, o cofundador da Apple não tem a mesma opinião sobre os tokens não fungíveis (NFTs) e sobre o mercado de criptomoedas em geral.

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“Existem tantas criptomoedas que surgem agora; todo mundo tem um jeito de criar uma nova, e aparece uma celebridade junto dela [da criptomoeda]. Parece que estão somente colecionando um monte de dinheiro de pessoas que querem investir em estágio inicial, quando ainda valem centavos, e então desistem”, disse ele na época.

CEO do JPMorgan

No mês passado, o CEO chamou as criptomoedas de “esquemas de pirâmides descentralizados”. (Imagem: Michel Euler/Pool via REUTERS/File Photo)

A opinião de Jamie Dimon, CEO do JPMorgan (JPM; JPMC34), sobre as criptomoedas aparenta ser a mais conflitante em relação à da própria empresa.

A sequência de comentários do CEO sobre o mundo cripto data de 2014, quando afirmou, pela primeira vez, que bitcoin era “uma péssima reserva de valor”.

Em outros momentos nos anos seguintes, o CEO do JPMorgan classificou a maior criptomoeda como “fraude” e “ouro dos tolos”.

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No mês passado, Dimon afirmou ser um “grande cético dos tokens cripto, como bitcoin”, chamando esses tokens de “esquemas de pirâmide descentralizados”.

Apesar das opiniões e críticas do CEO, JPMorgan aparenta caminhar na direção contrária quando o assunto é o mercado cripto, exaltando o papel da companhia na liderança de inovações ligadas a esse mercado.

Em 2019, o banco lançou sua própria stablecoin – JPM Coin.

Em maio deste ano, JPMorgan defendeu um aumento no preço do bitcoin, dizendo que a cotação justa da criptomoeda era de US$ 38 mil. Além disso, o banco afirmou que as criptomoedas ultrapassaram o investimento em imóveis, tornando-se seus “ativos alternativos” preferidos.

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Atualmente, também oferece serviços para negociação de criptomoedas para clientes de alta renda e afirma estar na liderança das inovações em cripto e na adesão da tecnologia blockchain.

Presidente da MicroStrategy

Atual presidente e ex-CEO da MicroStrategy, Michael Saylor é conhecido por ser um maximalista do bitcoin – ou seja, um exaltador do BTC perante outras moedas digitais. Não é raro, inclusive, ver comentários de Saylor no Twitter defendendo a criptomoeda, mesmo nos momentos de queda.

Sob o comando de Saylor, a empresa adquiriu milhares de BTCs, que somaram US$ 3,9 bilhões até o momento. No final de setembro, o presidente aproveitou a queda da criptomoeda para comprar mais 301 BTC – cerca de US$ 6 milhões.

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Em uma entrevista à CNN, Saylor disse que “o bitcoin vai durar mais que todos nós. Tenho certeza disso”.

Em outro momento, afirmou que o bitcoin é um “bote salva-vidas neste mar de tempestade”, questionando: “você vai ficar em um navio naufragando ou vai pular no bote salva-vidas e ser lançado em mares tempestuosos?”.

CEO do Bank of America

O CEO do Bank of America, Brian T. Moynihan, aparenta ser o único até o momento que negou o envolvimento da companhia com as criptomoedas.

Moynihan disse, em uma entrevista ao Yahoo, que não sentia que BofA estava perdendo grandes oportunidades por não adentrar o mundo das criptomoedas.

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Segundo o CEO, o banco é fortemente regulamentado e isso previne uma iniciativa completa no mercado cripto.

Moynihan, que é CEO do BofA há 12 anos, disse que acredita ser mais proveitoso que o banco continue focando no que já faz – ser um banco e encorajar a liberdade financeira.

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Disclaimer

O Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

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Repórter
Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
vitoria.martini@moneytimes.com.br
Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.