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O que podemos esperar com o lançamento da Ethereum 2.0?

02 dez 2020, 12:38 - atualizado em 12 maio 2021, 9:50
Confira entrevista exclusiva com João Hazim, cofundador da EscolaCripto, sobre a tão aguardada implementação da ETH 2.0. (Imagem: Freepik/vectorpouch)

Ontem (1º), aconteceu o tão aguardado lançamento do “beacon chain“, o prenunciador da Fase Zero da Ethereum 2.0. Clique aqui para saber mais.

Por ser um grande acontecimento desta reta final de 2020, convidamos João Hazim, cofundador da EscolaCripto plataforma educacional para quem deseja entrar para o mercado cripto —, para falar sobre a tão comentada Ethereum 2.0.

1) Em primeiro lugar, poderia definir o que é a “Ethereum 2.0”?

Ethereum 2.0 é a mudança do “esquema de validação” das transações da blockchain do Ethereum. A transição é do Proof of Work para o Proof of Stake.

O objetivo é tornar a blockchain do Ethereum mais descentralizada. Ao contrário do que muitos pensam — e eu também pensava, até pouco tempo —, a mudança de consenso não é para escalar essa blockchain, mas para torná-la mais democrática. A escalabilidade se dará através do sharding.

2) Por que o lançamento do “beacon chain” chamou a atenção de todos nos últimos dias? 

Porque trata-se da primeira fase de toda essa mudança. Para iniciar isso, era preciso atingir uma quantidade mínima de ETH em stake. Então, além da mudança, criou-se também uma expectativa muito grande em torno dessa meta que precisava ser batida.

3) Você acredita que a migração de um modelo proof-of-work para um modelo proof-of-stake aumentará a segurança do ecossistema Ethereum como um todo?

Tenho sérias dúvidas a respeito disso. Não acho que aumentará a segurança — muito pelo contrário —, mas também não acredito que possa botar em risco o ecossistema existente. Essa mudança faz sentido por outros motivos como, por exemplo, mais descentralização na participação das validações.

4) Na sua opinião, o que falta para que o setor de finanças descentralizadas (DeFi) se consolide? Quais cuidados os protocolos devem ter para que hacks parem de roubar milhões de suas plataformas (como o hack recente ao Akropolis)?

Em primeiro lugar, as aplicações financeiras descentralizadas precisam ser mais amigáveis. Nesse momento, nenhuma delas é — não para quem está fora do ecossistema cripto.

Além disso, o gás que se paga para interagir com esses protocolos pode desencorajar o uso — essa é uma das questões que o ETH2 deve ajudar.

Essas ferramentas acabaram de nascer, então tenho a esperança de que se desenvolvam muito no caminho da popularização. Se isso acontecer, teremos mais opções para investir.

Sobre os cuidados com hacks, é desejável que todos esses protocolos sejam auditados por empresas de renome — e eu disse “empresas”, no plural.

Portanto, quanto mais auditoria for feita no código, melhor. Além disso, é importante que haja um bom esquema de recompensas para aqueles usuários que encontrarem brechas, de maneira que esses incentivos sejam maiores do que os ganhos que poderiam ser obtidos na exploração das falhas.

5) Qual sua projeção de preço para o ETH em 2021?

No curto prazo, não dá pra saber. Esse mercado é muito volátil e, em alguns momentos, completamente irracional.

Dito isso, sigo muito otimista com ETH. Estivemos acima dos US$ 1,5 mil em 2017 e acho que devemos ultrapassar essa marca, já que a demanda por ETH só tem crescido e continua tendo milhares de motivos pra continuar crescendo.

Acho que dá pra bater a ATH [alta recorde] em 2021, mas é só achismo da minha parte.

Confira os artigos exclusivos de João Hazim e da EscolaCripto para o Crypto Times e ouça a edição #53 sobre NFTs do podcast Crypto Storm:

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