ImóvelTimes

O que vai acontecer com 8 fundos imobiliários expostos à Americanas (AMER3)?; Ifix sobe

13 jan 2023, 11:27 - atualizado em 13 jan 2023, 11:27
Fundo imobiliário Vinci Logística
Índice de fundos imobiliários busca recuperação e sobe atento aos desdobramentos do caos provocado pela Americanas (Imagem: Reprodução/Vinci Logística)

O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 abriu o pregão desta sexta-feira (13) em alta, tentando se recuperar das quedas exibidas entre quarta-feira e ontem.

O Ifix opera na contramão do índice Ibovespa, que recua mais de 1%. Por volta das 11h20 (de Brasília), o índice subia 0,40%, aos 2.845 pontos.

Entre os fundos, no horário acima, o destaque de alta ficava com o BTG Pactual Fundo de Fundos (BCFF11), que subia 2,3%. Em contrapartida, o Hedge Office Income (HOFC11) recuava 1,6%.

Sombra da Americanas nos fundos imobiliários

Os impactos da Americanas (AMER3) perduram no mercado financeiro. Os fundos imobiliários expostos à varejista sentem a ressaca do dia seguinte ao tombo de quase 80% de suas ações no Ibovespa. Sobretudo, às incertezas quanto ao futuro da companhia após a descoberta de um rombo fiscal de R$ 20 bilhões.

A analista de fundos imobiliários da XP, Maria Fernanda Violatti, destaca que, como a Americanas é inquilina de galpões logísticos e de shoppings centers que pertencem a alguns fundos, cada um tem uma exposição diferente da sua receita associada à varejista.

Ela cita oito FIIs expostos ao efeito cascata dessa “bomba” jogada pela companhia, com impacto em suas receitas: GGR Copevi  (GGRC11), Vinci Imóveis Urbanos (VIUR11), Bresco Logística (BRCO11), XP Log (XPLG11), VBI Logístico (LVBI11), Max Retail (MAXR11), RBR Log (RBRL11), RBR Properties (RBRP11).

“O fundo de maior exposição é o MAXR11, com a empresa ocupando lojas do portfólio do fundo que somam uma área de cerca de 32 mil metros quadrados, dos quase 60 mil metros quadrados de área bruta locável total do fundo. Isso corresponde a aproximadamente 34% da receita do fundo”, comenta Violatti.

A analista ressalta que, independentemente desses fundos terem exposição à Americanas, um ponto importante é que não se sabe qual a profundidade do problema para empresa em si e nem os desdobramentos em relação a linha de crédito e à saúde financeira da empresa.

“Os fundos têm imóveis, que são ativos reais. Portanto, possuem valor intrínseco e eventualmente, podem também alugar para outros inquilinos. Seria muito precipitado assumir [posição] somente com as informações atuais que a Americanas terá que fechar lojas e com isso, impactar imediatamente os FIIs”, diz a analista.

Fundo Ticker % da receita
Max Retail MAXR11 34,0%
GGR Copevi Renda GGRC11 19,9%
RBR Properties RBRP11 8,0%
RBR Log RBRL11 8,0%
VBI Log LVBI11 7,0%
XP Log XPLG11 6,5%
Bresco Logística BRCO11 4,0%
Vinci Imóveis Urbanos VIUR11 0,5%

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
Linkedin
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.