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Oi: no pior cenário, analistas projetam alta de 34% para ações

26 abr 2021, 18:05 - atualizado em 26 abr 2021, 18:05
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Em um cenário mais otimista, a equipe assumiu o múltiplo em 15 vezes, o que faria o preço-alvo da Oi subir para R$ 3,80 (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

As ações da Oi (OIBR3) podem subir 34% mesmo em um cenário pessimista, aponta o BTG Pactual em relatório enviado a clientes.

De acordo com os analistas Carlos Sequeira, Osni Carfi, Ricardo Cavalieri e Luiz Temporini, considerando que o valuation implícito na oferta do BTG Pactual (BPAC11) para a InfraCo seja de 9,1 vezes o EV/Ebitda, que mede o valor da empresa, o preço-alvo deverá ser de R$ 2,40, potencial de 34% considerando o último fechamento.

Em um cenário mais otimista, a equipe assumiu o múltiplo em 15 vezes, o que faria o preço-alvo da Oi subir para R$ 3,80, potencial de alta de 113%.

Ainda segundo eles, a ClientCo, chamada de nova Oi, também possui uma grande fatia do valor geral da companhia, “e assumimos que vale de 4 a 6 vezes o EV/Ebitda de 2022, ou R$ 6 a R$ 9 bilhões, com R$ 7,5 bilhões (5x EV/EBITDA) em nosso caso base”.

“Em todos os cenários, mantemos o passivo da Globenet, a dívida líquida do final de 2021 e o VPL da dívida da Anatel“, completam.

Quanto vale a ação da Oi afinal?

Em outro relatório, a dificuldade em encontrar um novo preço-alvo para os papéis é admitida por ninguém menos que os próprios analistas da área de research do BTG. Carlos Sequeira, Osni Carfi e Ricardo Cavalieri explicam que um ponto crucial para definir o valor da Oi ainda está em aberto.

O trio se refere ao que acontecerá com o contrato que permite à Oi utilizar os cabos submersos de fibra óptica que pertencem à Globenet. O contrato é do tipo “take or pay”, isto é, mesmo que a Oi não utilize toda a capacidade contratada, precisa pagar o valor combinado à Globenet.

O primeiro complicador é que a Globenet já pertence ao BTG Pactual e é avaliada em R$ 1,5 bilhão. O segundo é que o banco vai incorporar a Globenet à InfraCo, a empresa de fibra óptica da Oi.

Com o acréscimo desse ativo, mais o aporte de recursos na InfraCo e a compra de uma fatia da empresa, paga diretamente à Oi, no fim da transação o BTG terá 58% do capital da companhia de fibras, e a Oi, os demais 42%.

“O tamanho da responsabilidade da Oi com a Globenet sob o novo acordo é crucial para determinar o preço-alvo de soma das partes”, afirma o trio de research do BTG, referindo-se à metodologia adotada para calcular o valor das ações da operadora.

Resta, então, aguardar a solução que advogados e executivos encontrarão para a questão. Até lá, o BTG Pactual reiterou a recomendação de compra das ações, com preço-alvo de R$ 3,10.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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