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Oi (OIBR3) cai mais 7% e atinge patamar do pico da Covid; O que fazer agora?

13 jun 2022, 20:07 - atualizado em 15 jun 2022, 0:07

Oi (OIBR3;OIBR4)

A ação ordinária da Oi (OIBR3) caiu mais 7% na sessão desta segunda-feira (13), chegando ao patamar de R$ 0,51, em dia de queda generalizada dos mercados.

Os investidores apressam a venda diante dos riscos da elevação dos juros nos Estados Unidos e os lockdowns na China.

É o menor patamar do ano e o segundo pior desde o início da pandemia, em março de 2020, quando atingiu R$ 0,5. Em 2022, o papel acumula queda de 32%.

Na semana passada, a ação da Oi já havia caído em função da venda parcial da UPI InfraCo – a unidade de fibra ótica da companhia -, para fundos do BTG.

Apesar de representar mais uma etapa para a tele sair de sua recuperação judicial, houve uma perda de 7,4 pontos percentuais na participação da Oi na nova empresa, o que foi visto como negativo por agentes do mercado.

No entanto, os analistas Carlos Sequeira, Osni Carfi e Vitor Melo, em relatório do BTG, dizem que apenas o reajuste inicial de 3,65% é de fato negativo líquido para a Oi, já que os outros 3,73% de haircut serão compensados por melhores condições.

“Embora acreditemos que esta seja a maneira justa de estimar os termos revisados do negócio entre a Oi e a V.tal e novos investidores, há uma chance de o mercado levar em consideração todo o impacto negativo dos potenciais 7,4 pontos percentuais de redução da participação da Oi na V.tal“, afirmou o trio.

Ainda segundo cálculos dos analistas, uma redução na participação da Oi na V.tal seria equivalente a uma redução de R$ 2,4 bilhões no valor para o acionista da Oi, ou cerca de R$ 0,40 por ação.

“Estimamos o valor justo de mercado da V.tal em R$ 32 bilhões”, completa.

Fatores negativos da Oi

O mercado também não recebeu bem a renegociação de dívidas com Anatel, já que analistas esperavam descontos de 70%. No entanto, a empresa só conseguiu reduções de 54,99% no valor final.

Para a Genial Investimentos, porém, a queda de 10% da ação após a aprovação do reajuste de dívidas com a agência foi exagerada.

Foi desproporcional, não foi algo terrível, mas o que surpreendeu foi o aumento da dívida total”, coloca.

Já em relação à venda da unidade de fibra óptica, a corretora argumenta que, mesmo depois de ter sido mal-recebida, a notícia da venda é um passo fundamental para que a empresa saia da recuperação judicial, o que, em na visão da Genial, é apenas uma questão de tempo para se concretizar.

“A venda deste controle também possibilitou à empresa quitar integralmente seus compromissos com as Debêntures Conversíveis da V.tal com a Brookfield e a Farallon, no valor de R$ 3,5 bilhões, conforme o cronograma dado ao longo da divulgação de resultados do quarto trimestre”, completam.

O que fazer com a ação da Oi?

A Genial manteve a recomendação neutra para as ações da Oi, ou seja, quem possui os seus papéis é melhor manter, mas quem não tem a companhia na carteira, o recomendável é ficar de fora. O preço-alvo é de R$ 1,2 para ação ordinária.

Por outro lado, o BTG Pactual manteve a recomendação de compra para a tele, com preço-alvo de R$ 2,3.

Já o consenso de mercado da Reuters aponta que de cinco analistas, três mantêm recomendação de compra, dois de neutralidade e nenhum recomenda venda. O preço-alvo médio é de R$ 1,63, o que abre potencial de alta de 219%.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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