Comprar ou vender?

Oi (OIBR3), WEG (WEG3) e as ações que os gringos estão vendendo, segundo Credit Suisse

30 maio 2022, 19:40 - atualizado em 30 maio 2022, 19:40
OIBR4
Apesar de ter engrossado as compras, investidores aproveitam o momento para se desfazer de alguns papéis, coloca o Credi (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

O segmento de Sales & Trading Recap (vendas e negociação) do Credit Suisse realizou conversas com investidores nas últimas semanas para entender os sentimentos em relação ao cenário do Brasil e no mundo.

Segundo o Credit, os investidores locais têm convergido um pouco mais e se concentrado principalmente em bancos, commodities e varejo.

“Nos chamou a atenção que pela primeira vez nos últimos cinco anos os contratos BMF de S&P 500 (Posição Long Institucional) ficaram no negativo, reforçando a nossa leitura de que boa parte dos locais acredita que, com a provável e gradual saída do lockdown de China, devemos caminhar para um maior apetite pelo mercado brasileiro e a nossa miríade de commodities“, coloca.

Em relação ao fluxo dos clientes estrangeiros, o Credit diz que tem visto o gringo retomando pouco a pouco os inflows (influxos) em bolsa desde o dia 20 de abril, com cerca de R$ 1 bi diários.

O Ibovespa voltou a subir nas últimas sessões, ultrapassando, inclusive, os 112 mil pontos em alguns momentos.

“Aqui na casa não foi diferente, e os gringos têm sido destaque na compra novamente com os papéis de liquidez, como Banco do Brasil (BBAS3) Itaú (ITUB4) e commodities — Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) –, além de long onlys (fundos que apostam na alta das ações) adicionando papéis de segunda linha, como Hypera (HYPE3) e Cyrela (CYRE3)”, coloca.

Na venda, embora os volumes tenham sido expressivamente menores, teve destaque nomes como Hapvida (HAPV3), Locaweb (LWSA3), Suzano (SUZB3), Assaí (ASAI3), Santos Brasil (STBP3), B3 (B3SA3), WEG (WEGE3) e Oi (OIBR3), aponta o banco suíço.

PIB; covid-19; brasileiros
O Credit recorda que boa parte do sell side (analista do lado da venda) revisou números de PIB (Agência Brasil)

Eleições e PIB

Outro assunto recorrente, as eleições têm sido menos frequentes nas conversas, diz o Credit, “mas nos parece claro que hoje existe uma percepção diferente do que há três meses com relação aos caminhos que seriam percorridos pelos diferentes candidatos”.

Com relação ao PIB, o Credit recorda que boa parte do sell side (analista do lado da venda) revisou números do crescimento, mas existe uma percepção dentre a maioria dos gestores e analistas de que uma nova rodada de revisões pode ser necessária, com o surgimento de algum consenso próximo dos 2% de PIB para 2022, apesar de uma aceleração contratada para 2023.

“Uma das principais perguntas que fica no ar está na linha de qual será a sensação no segundo semestre, quando os juros devem realmente impactar a economia de uma forma um pouco mais dura. O mercado esperava um desaceleração na atividade proveniente de juros mais altos já nesses últimos dois meses, porém, o país ainda está escapando de um impacto mais forte”, completa.

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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