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Oi: plano estratégico é bom, mas investidor precisa ter paciência, diz Ágora

20 jul 2021, 12:37 - atualizado em 20 jul 2021, 12:54
Oi OIBR3
A Ágora tem recomendação de compra para a Oi, com preço-alvo de R$ 3,40, potencial de alta de 129% (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

A Oi (OIBR3;OIBR4) desenhou seu plano estratégico para os próximos anos, mas não animou os investidores, com as ações caiando 8,12% na sessão da última segunda-feira (20).

Apesar do ceticismo, a Ágora segue confiante com os números da empresa. Para os analistas Otavio Tanganelli e Flávia Meireles, é normal que os mercados demorem um pouco para ter mais confiança na capacidade da tele de executar o plano por si só.

“Embora certamente haja riscos relacionados à execução operacional do plano estratégico, acreditamos que o mercado deve vê-lo como positivo. A InfraCo, com BTG (BCPA11) e Globenet como investidores estratégicos, agora tem poder de fogo suficiente para continuar a expandir seus negócios”, apontam a dupla.

Pelo plano, a Oi quer que a sua InfraCo se torne líder de mercado em soluções digitais e conexões de fibra, com um Ebitda, que mede o resultado operacional, de R$ 5,4 bilhões até 2025. BTG e Globenet serão investidores estratégicos, implicando em aproximadamente R$ 2,2 bilhões em Ebitda em 2025 atribuível à Oi.

“O principal destaque foi a meta de atingir 8 milhões de domicílios conectados (HCs) no Brasil até o final de 2024, o que é mais que o dobro da expectativa de 3,5 milhões até o final do ano de 2021, e representando 22% do total atual (37milhões) do mercado brasileiro de banda larga”, afirmam.

Entre os pontos divulgados, está o de ter uma receita líquida entre R$ 14,8 bilhões e R$ 15,5 bilhões até lá. A empresa pretende ainda alcançar um Ebitda de R$ 1,9 bilhão a R$ 2,3 bilhões, incluindo as operações legadas. Com isso, a margem Ebitda ficaria entre 13% e 15%.

A empresa acrescenta que, com maior geração de caixa, a relação dívida líquida/Ebitda deve ficar ao redor de 6,6 vezes, dentro de três anos.

A Ágora tem recomendação de compra para a Oi, com preço-alvo de R$ 3,40, potencial de alta de 129%.

Para a Genial, os riscos operacionais e de implementação da Nova Oi não compensa a compra das ações. A corretora tem recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 1,47.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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