Open Banking dá seus primeiros passos no Brasil; confira como ele funciona

30 mar 2021, 16:52 - atualizado em 06 maio 2021, 12:16

Real — Apesar de parecer um conceito difícil, o funcionamento do Open Banking é mais simples do que parece (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

Nos últimos meses, estão sendo implementadas novas ferramentas e serviços, como o PIX, com o intuito de expandir a quantidade de produtos financeiros que podem ser usados pela população no dia a dia.

Neste contexto, o Open Banking vem ganhando destaque, e o sistema já está sendo implementado no Brasil desde o dia 1° de fevereiro, em um plano estruturado em quatro fases, que serão realizadas ao longo do ano.

Apesar de parecer um conceito difícil, o funcionamento do Open Banking é mais simples do que parece. Ele consiste em um sistema que permitirá que os dados financeiros de um indivíduo sejam compartilhados com outras instituições financeiras, caso o cliente faça esta solicitação.

Desta forma, a empresa deverá transmitir esses dados para outra instituição (pessoa física ou jurídica). Na prática, cada pessoa ficaria responsável por suas informações, tendo maior liberdade para solicitar diferentes serviços em variadas instituições.

Cada pessoa poderá solicitar o cancelamento do compartilhamento de dados em determinadas empresas assim que desejar.

A expectativa é de que este sistema forneça maior autonomia para os clientes, que poderão determinar que tipo de serviço será contratado em determinada instituição.

Além disso, as empresas conseguirão proporcionar um atendimento mais personalizado, por já contarem com os dados necessários de antemão. A transparência também será uma vantagem, uma vez que as empresas deverão deixar claro quais dados serão usados e por quanto tempo.

Primeiras impressões sobre o Open Banking no Brasil

No Brasil, esta tecnologia ainda não é completamente compreendida e aceita pela população.

Segundo pesquisa do C6 Bank e do IBOPEdtm, aproximadamente, 2% dos brasileiros entendem bem o que é Open Banking, 9% já ouviram falar, mas ainda têm dúvidas, e 61% não conhecem ou nunca ouviram falar.

Para chegar neste resultado, foram entrevistadas 2.000 pessoas, entre os dias 18 e 24 de novembro de 2020.

A desconfiança em relação ao tratamento dos dados é outro ponto de destaque. Ainda segundo o levantamento, 73% das pessoas ouvidas dizem que precisam entender melhor o assunto para decidir, 72% se preocupam com quem terá acesso a essas informações, 46% não têm interesse de compartilhar seus dados com as instituições financeiras e 38% entendem que o compartilhamento de dados permitirá o acesso a serviços mais personalizados.

Assim, fica claro que as instituições financeiras precisam instruir seus clientes e criar um ambiente de confiança, para que o compartilhamento de dados seja feito de maneira confortável. Também será necessário que as empresas estejam preparadas para solucionar dúvidas e questões do público durante o andamento do processo.

Por Equipe Money Times

No mercado há mais de 5 anos, o Money Times é referência em investimentos pessoais, educação financeira, gestão de carreiras e consumo no mercado brasileiro. No Money Times, investidores, analistas, gestores e entusiastas do ambiente econômico brasileiro usufruem de textos objetivos e de qualidade que vão ao centro da informação, análise e debate. Buscamos levantar e antecipar discussões importantes para o investidor e dar respostas às questões do momento. Isso faz toda a diferença.

[email protected]