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Pague Menos: Preocupação com concorrência não pode ser exagerada, diz BB após queda de 17% da ação

05 nov 2021, 12:34 - atualizado em 05 nov 2021, 12:34
Pague Menos
A reação dos investidores com o acirramento da concorrência entre Pague Menos e Raia Drogasil é exagerada, disse o BB Investimentos (Imagem: Reprodução/Pague Menos)

As ações da Pague Menos (PGMN3) caíram mais de 17% no último mês. Na opinião do BB Investimentos, a desvalorização reflete a preocupação dos investidores com o aumento da concorrência no setor de varejo farmacêutico, principalmente entre a companhia e a Raia Drogasil (RADL3) – que expandiu a meta de abertura de lojas e está focada em aumentar sua participação nas classes C e D.

Embora o acirramento da concorrência entre as redes de farmácias brasileiras realmente deva acontecer, o BB acredita que a preocupação do mercado é exagerada, até porque a empresa tem entregado bons resultados desde a realização da sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), diz trecho do relatório assinado por Georgia Jorge.

A analista cita também as sinergias esperadas com a conclusão da aquisição das drogarias Extrafarma, a ocorrer no início de 2022.

A Pague Menos reportou lucro líquido ajustado de R$ 35,6 milhões no terceiro trimestre de 2021, queda de 11,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

A receita líquida registrou expansão anual de 7,3%, com o montante totalizando R$ 1,9 bilhão. As vendas continuaram em bom patamar de crescimento. As vendas pelo critério mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) cresceram 7,1%, enquanto as lojas maduras mostraram expansão de 6,6%.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou R$ 160,4 milhões, alta de 7,4% na comparação ano a ano. A margem Ebitda ajustada ficou estável em 7,9%.

“Apesar de observarmos uma leve pressão sobre ambas a margem Ebitda e a margem líquida, esse impacto já era esperado diante da retomada da expansão de forma mais acelerada”, disse Jorge.

Para analista, a rentabilidade da companhia deve ser afetada no curto prazo. No entanto, conforme as lojas entram em maturação, a Pague Menos começará a colher os frutos do seu plano de crescimento, diz.

De olho no potencial das ações

O Credit Suisse aproveitou a divulgação de resultados para reforçar sua visão construtiva sobre o nome. Na avaliação do banco, a Pague Menos tem uma história de crescimento bem delineada, focada nas regiões Norte e Nordeste, onde possui maior participação de mercado e lucratividade.

Além disso, a empresa opera em um segmento resiliente, uma vez que não é tão afetado pelas pressões no cenário macro, e com espaço para mais crescimento, na avaliação do banco.

O Credit Suisse manteve a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado), com preço-alvo em 12 meses de R$ 13,50.

O BB Investimentos reforçou a classificação de compra para o papel da companhia, com preço-alvo para o fim de 2022 de R$ 16,90.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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