Pânico de compra e choques de oferta viram riscos para visão baixista da Ágora sobre preço do arroz

A Ágora Investimentos, não muito convencida com a disparada dos preços do arroz na Ásia, reforçou sua recomendação neutra para os papéis da Camil (CAML3), com preço-alvo de R$ 12.

A corretora ainda espera um aumento nos estoques do cereal no Brasil (7% maior em 2020/2021 versus 2019/2020), o que levaria a uma queda dos preços neste ano.

Por outro lado, ela reconheceu que o pânico de compra no mundo e os novos choques de oferta motivados por restrições de exportação podem levar a aumentos temporários nos preços do arroz em nível global, colocando a visão baixista dos analistas sobre os preços do alimento no mercado doméstico em risco.

Em um relatório mais antigo, referente aos resultados do terceiro trimestre de 2020 da Camil, a Ágora elogiou o sucesso da estratégia de diversificação de localização e categorias da companhia, mas defendeu que os preços do arroz no Brasil vão cair em 2021 e 2022.

“A empresa foi beneficiada no [terceiro] trimestre com a alta do preço do arroz no Brasil, com custos fixos diluídos, mas esperamos que essa tendência seja revertida em 2021 e 2022”, disse.

A expectativa é de que os preços do arroz no país caiam em média 15% neste ano e no próximo.

Beneficiada pela alta do preço do arroz, a Camil apresentou entre julho e setembro do ano passado um lucro líquido 96% maior em relação ao mesmo intervalo de 2019.

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