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Para evitar a transmissão da Covid-19, JBS envia 8% dos funcionários para casa

04 dez 2020, 14:36 - atualizado em 04 dez 2020, 14:36
JBS
A JBS USA emprega cerca de 64.400 pessoas nos EUA, de acordo com o site da empresa (Imagem: YouTube/JBS S.A.)

A nova onda de casos de Covid-19 nos Estados Unidos começa a impactar as operações de processamento de carne no país, e a JBS (JBSS3) pediu que funcionários de grupos vulneráveis fiquem em casa.

A JBS, maior fornecedora de carne do mundo, colocou cerca de 8% de sua força de trabalho nos EUA em licença remunerada desde que os casos de coronavírus começaram a aumentar em outubro, disse um porta-voz da empresa na sexta-feira. A JBS USA emprega cerca de 64.400 pessoas nos EUA, de acordo com o site da empresa.

Na instalação de Greeley, no Colorado, 202 trabalhadores vulneráveis foram afastados temporariamente. A unidade registrou 32 casos de Covid-19 na onda mais recente, enquanto o condado de Weld, onde a processadora está localizada, teve mais de 4.450 casos, de acordo com a JBS.

Com seis mortes e mais de 300 casos, o surto inicial em Greeley foi um dos mais mortais, de acordo com a Food & Environment Reporting Network, uma ONG que rastreia surtos no sistema alimentar dos EUA.

“Embora tenhamos visto apenas impactos muito limitados na produção em nossas instalações, qualquer impacto se deve à nossa remoção voluntária de grupos vulneráveis”, disse a JBS USA em comunicado.

Os crescentes casos em grande parte dos EUA aumentam a possibilidade de novas paralisações no setor de alimentos, após o fechamento de instalações no início deste ano devido à pandemia.

Durante o primeiro surto nos EUA, cerca de 8% dos casos estavam associados a processadoras de carne e subsequente propagação na comunidade, de acordo com estudo realizado por pesquisadores da Universidade Columbia e Universidade de Chicago.

A produção de carnes e aves se recuperou depois da forte queda em abril. O absenteísmo de trabalhadores continua a limitar as operações.

O setor de carne dos EUA quer que seus trabalhadores estejam entre os primeiros da fila para a vacinação, depois que profissionais de saúde e de centros de cuidados de longo prazo sejam vacinados, disse o Instituto Norte-Americano de Carne na quinta-feira.

Afastar trabalhadores de mais idade não melhora a segurança dos que ainda estão na fábrica, disse Kim Cordova, responsável pela United Food & Commercial Workers Local 7, que pede medidas adicionais, como acesso a testes diários gratuitos no local.

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A produção de carnes e aves se recuperou depois da forte queda em abril. O absenteísmo de trabalhadores continua a limitar as operações. (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

“Agora é fundamental que protejamos as vidas dos nossos irmãos e irmãs do sindicato em Greeley e em todo o país, porque são os trabalhadores que tornam possíveis os lucros dessas empresas”, disse Cordova.

A JBS disse que trabalha ativamente com departamentos de saúde e sindicatos para coordenar a vacinação assim que as doses estiverem disponíveis para trabalhadores essenciais.

A empresa disse que implementou testes de vigilância gratuitos para funcionários assintomáticos, tendo realizado mais de 20.000 testes até agora.

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