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Petrobras esquece petróleo, mira menor custo cambial (até 5ª), defasa mais a gasolina e pune o etanol

11 jun 2021, 15:53 - atualizado em 11 jun 2021, 16:03
Combustíveis Gasolina Diesel BP
Gasolina cai, quando etanol também apresenta viés de baixa na usina, e defasagem aumenta (Imagem: REUTERS/Carlos Jasso)

Para carimbar um desconto de mais de 2% na gasolina nas refinarias, a Petrobras (PETR4) ignorou a alta do petróleo, que entrou na casa dos US$ 72 há uns dias e fechou esta sexta (11) perto dos US$ 73, e olhou apenas para a menor despesa cambial, onde o dólar apresenta recuo de mais de 3% no acumulado do mês, até ontem.

Mesmo que a redução demore mais para chegar na bomba, já pega no etanol hidratado tendendo a fechar menor nas usinas esta semana – além de estar caindo diariamente nas distribuidoras.

Enquanto a divisa brasileira se deprecia e a americana caminha para fechar o dia em mais de 1% de elevação – e passa dos R$ 5,10, às 15h55 -, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) faz as contas e registra aumento da defasagem da gasolina.

A partir de sábado, quando entrar em vigor a redução, a gasolina a R$ 2,53 por litro estará R$ 0,09 defasada.

Até o fim deste dia, estará em menos R$ 0,04, ou 2% de atraso, segundo informa Sérgio Araújo, presidente da Abicom.

“Ontem tínhamos uma cotação Brasil muito próxima à internacional, que justificaria a manutenção dos preços, e hoje a alta do câmbio deixava a cotação com perspectiva de aumento mesmo antes da alteração”, diz.

Ao manter inalterado o diesel, o executivo explica parte da manobra da Petrobras, mas que embute certo risco. Ao acelerar o refino nas últimas semanas, consegue suprir melhor o “deficitário” mercado de diesel, “mas deve começar a ficar com excedente de gasolina, considerando a demanda ainda reprimida de Ciclo Otto”.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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